help of a friend

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LAUREN's point of view;

Eu não consegui dormir o resto da noite inteira, não fazia ideia de quem poderia ter feito aquela ligação, não era Austin, eu reconheceria a voz, eu notaria algo pelo menos semelhante ao tom dele, porém não encontrei nada, fiquei passando e repassando aquela mensagem presa na voz, "de adeus a sua pequena Camz", quem seria capaz de machucar ela? Outra vez? Mas não, eu não ficaria longe dela, eu não poderia, eu não queria, devo protege-lá, e era o que eu iria fazer.

Nos primeiros dois dias depois daquela ligação, eu e Camila não tivemos contato, acho que porque depois da nossa ultima conversa, precisávamos de tempo, e esse tempo não tinha definição realmente, e as mensagens haviam parado. Estava tudo bem, até agora.

Levantei da cama afim de fazer algo pra investigar de onde vinham essas mensagens, se a pessoa fosse burra, ela não teria um número bloqueado, e eu contava com a sorte. 

Lembrei de Drew, ele havia me apresentado aquela Meghan e eu nunca mais falei com ele, ele era um típico nerd, mas daqueles bonitões e todas essas coisas, sempre que eu precisava de algo desse tipo, ele me ajudava.

Lauren (11:13am): Drew, podemos nos encontrar? Preciso de um favor seu, sabe.. Daqueles que só você sabe ajudar.

Deixei o celular em cima da cômoda e fui tomar um banho, precisava tirar aquela tensão de dentro de mim, relaxar os músculos e pensar em outras coisas, pelo menos por um momento. Deixei a água correr pelo meu corpo, permitindo se esvair cada tensão em cada músculo do meu corpo. Acho que fiquei aquele banheiro mais ou menos uns 35 minutos. Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha saindo do banheiro logo em seguida. Parei em frente ao guarda-roupas e fiquei analisando por uns 30 segundos até achar uma roupa decente para usar. Escolhei uma regata e um short com detalhes, coloquei um all star e deixei meus cabelos soltos para secar apenas com o vento. Lembrei da mensagem e resolvi olhar.

Drew (11:15am): Claro Laur, apenas me diga a hora e o local. Pode contar comigo.

Lauren (11:48am): Desculpa a demora mas enfim, me encontre no Starbucks às 2pm, tudo bem?

Drew (11:49am): Tudo bem, até lá!

Ótimo, agora eu vou poder descobrir quem é esse desgraçado que está ameaçando a minha Camz. Bom.. minha não. Enfim, desci e o almoço estava quase pronto, minha mãe era sempre pontual quando se tratava de nos satisfazer com suas delícias culinárias.

— Ei mama, quer ajuda com algo?

— Oh, não minha filha, já está tudo pronto, apenas chame seu pai e sua irmã, por favor? 

—  Claro, pode deixar.

Fui até a sala e meu pai estava sentando vendo TV. 

— Papa, mamãe está chamando para almoçar, vou subir e chamar a Tay.

— Tudo bem, obrigado filha. — Ele disse.

Subi as escadas e me dirigi até o quarto de Taylor. Ela ainda estava dormindo. Pulei em cima dela a assustando.

—Porra, Lauren... Que susto. — Eu só sabia rir, adorava fazer isso com as pessoas e eu tinha que descontrair.

— Ai meu deus... Você tinha que... Ver a sua cara. — Disse tudo em meio risadas quase sem ar de tanto rir.

— Vai a merda, Lauren. O que você quer? — Disse ainda irritada. 

Vê-la assim? Sem preço.

— Mamãe está chamando pra almoçar, anda logo, bolota. — Disse saindo do quarto ainda me recuperando do ataque de risos.

Desci as escadas de novo e fui até a mesa me sentar. Logo depois Taylor desceu e se juntou a nós. O almoço foi tranquilo e divertido, meu pai estava com um humor ótimo hoje e contou varias piadas sobre o seu local de trabalho e as "micagens" que seus colegas faziam.

Deu 1:30pm e eu sai de casa, fui andando para pensar muito bem em um jeito de explicar tudo para o Drew. Ele sempre foi um amigão pra mim, ele era na dele, super fechado com tudo, mas em questão de ajudar o próximo, ele sempre era o primeiro a se manifestar para fazer uma boa ação a quem precisasse. 

Não importava se era pobre, feio, não importava a cor. Ele sempre iria estar ao seu lado. Cheguei ao Starbucks quinze para as duas, não percebi mas eu andei super rápido. Me sentei no balcão e pedi um cappuccino. Não deu 10 minutos e o Drew se fez presente. Usava uma bermuda jeans branca com um cinto, uma regata e uma touca. Drew era loucamente lindo, e se meu lance não fosse outro, eu juro que ele seria meu tipo.

— Laurenzo. — Ele disse sorrindo e me abraçando logo em seguida.

— Chaaad. — Falei meio sem fôlego pois ele estava me apertando.

— E então, à que devo a honra da sua mensagem? —Ele disse chamando a garçonete.

— Bom.. Eu vou direto ao assunto...

Contei tudo pra ele, cada pedacinho, todos os detalhes e ele estava boquiaberto e com uma expressão de raiva nos olhos.

— Então quer dizer que esse pivete, além de tentar maltratar essa menina, ainda te bateu e agora está te ameaçando? — Ele disse estalando os dedos. — Ele vai se ver comigo.

— Drew, não se altere. Eu te chamei aqui porque sei como você é bom com esses negócios de fazer rastreamentos, e então pode me ajudar a encontrar o dono desse número desconhecido e ter certeza se é Austin ou não. — Disse calma tentando passar tranqüilidade para ele. Drew era um amor, mas quando irritado, seria melhor não ficar por perto.

— Ok.. — Disse tirando o notebook da pasta. — Veremos o que eu posso fazer. — Abriu e logo depois digitou a senha.

Ele ficou digitando e digitando, abrindo várias pastas e vários sistemas. O que eu estava era tonta. Depois de abrir e fechar trezentas coisas e inúmeras pastas e arquivos, ele me pediu o número de celular e eu prontamente o entreguei. Ele mexeu mais um pouco, e mais um pouco. 

Mas que demora. 

Finalmente me olhou e deu um sorriso de orelha a orelha.

— Achei..

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