Capítulo 13

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“ A Enteada do Meu Pai”

**Capítulo 13**

As semanas passaram e Eduarda começou a se envolver de forma mais séria com Rafaella. Para Manuela, cada nova notícia sobre a nova relação era um golpe no coração. Ela tentou ignorar a dor, mas era impossível. A visão de Eduarda sorrindo ao lado de Rafaella, com aquele brilho nos olhos, fazia seu peito apertar como se estivesse sendo esmagado.

Uma tarde, enquanto estudava em seu quarto, Manuela ouviu risadas vindo do corredor. A curiosidade a levou a abrir a porta e, ao fazer isso, a cena que presenciou a paralisou. Eduarda e Rafaella estavam se beijando, despreocupadas e envolvidas em seu próprio mundo. O coração de Manuela afundou. Era como se tudo ao seu redor tivesse desaparecido. 

Os materiais que segurava escorregaram de suas mãos e caíram ao chão, ecoando como se fossem os estilhaços de seu coração. Ela ficou em choque, incapaz de se mover, sentindo a dor se espalhar por seu corpo. O que deveria ser um momento simples se transformou em uma lembrança que a perseguiria.

— Desculpa... — foi tudo o que conseguiu murmurar antes de se virar e sair correndo. Cada passo era uma luta, como se a dor estivesse ancorando seus pés ao chão. Ela precisava de um lugar onde ninguém a encontrasse, onde a dor pudesse ser menos intensa. O banheiro da escola se tornou seu refúgio temporário, mas não era o suficiente.

Manuela trancou-se em uma cabine, deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto. Ela não conseguia compreender a intensidade do que estava sentindo. A visão de Eduarda nos braços de outra garota parecia um pesadelo do qual ela não conseguia acordar. Seu coração estava quebrado, e a sensação de perda era opressiva.

Enquanto isso, Eduarda sentia um turbilhão de emoções dentro de si. Os momentos que passava com Rafaella eram intensos, mas, no fundo, ela sabia que estava se enganando. Ela queria estar com Manuela, desejava estar em seus braços, e não nas de outra garota. Quantas vezes imaginou beijar Manuela e, ao abrir os olhos, se deparou com alguém que não era ela? A dor da distância estava se tornando insuportável.

Eduarda também se encontrava em uma encruzilhada. As saídas com Rafaella pareciam a resposta que estava procurando para superar seus sentimentos por Manuela, mas, a cada dia que passava, a presença de Rafaella só acentuava a falta que Manuela fazia. O sorriso e a cumplicidade de sua melhor amiga estavam gravados em sua mente, como uma imagem que ela não conseguia apagar.

No fundo, Eduarda sabia que o que sentia por Manuela era mais forte e real do que qualquer coisa que estivesse vivendo com Rafaella. Mas a dor de ter perdido a chance de viver esse amor a fazia se perder em um ciclo de negação e confusão.

Enquanto Manuela chorava em seu esconderijo, Eduarda tentava se convencer de que poderia seguir em frente, mas a lembrança de Manuela continuava a sussurrar em seu coração, chamando-a de volta. Ela se perguntava se ainda havia uma oportunidade para elas, se a amizade que construíram poderia se transformar em algo mais.

O que nenhuma delas sabia era que o destino tinha uma maneira curiosa de unir caminhos, e que, mesmo em meio à dor e ao desespero, a esperança de um recomeço poderia surgir. 

Mas, por enquanto, cada uma delas lutava com seus próprios sentimentos, sem saber que, em algum momento, precisariam enfrentar a verdade de seus corações.

A Enteada Do Meu Pai.Onde histórias criam vida. Descubra agora