A Enteada Do Meu Pai.

Capítulo 14

“ A Enteada do Meu Pai “

**Capítulo 14**

Ana, a mãe de Eduarda, ligou para sua filha em uma manhã ensolarada, sua voz transmitindo uma mistura de empolgação e apreensão.

— Oi, meu amor! — começou Ana, sentindo o coração aquecer ao ouvir a voz da filha. — Tenho uma novidade. Vou voltar ao Brasil em alguns dias para resolver uns negócios da empresa da família. 

Eduarda ficou animada com a notícia. 

— Sério? Que ótimo, mãe! Estou tão feliz em ouvir isso! Você vai poder conhecer algumas das amigas novas que fiz aqui! 

Ana sorriu, mas uma preocupação começou a crescer dentro dela. A ideia de voltar ao Brasil significava não apenas enfrentar as obrigações profissionais, mas também reencontrar Laura, a mulher que havia deixado um impacto duradouro em seu coração.

— Sim, será ótimo te ver. Mas também tem o Luiz, e você sabe como as coisas são complicadas entre nós. — Ana respondeu, hesitando um pouco. 

Eduarda notou a hesitação na voz da mãe.

— Mãe, você está bem? — perguntou, preocupada. — Não precisa se sentir pressionada a ver o Luiz se não quiser. 

Ana suspirou, um misto de alívio e preocupação inundando sua mente. 

— Eu sei, querida. É só que… eu não posso evitar pensar no que aconteceu no passado, sabe? O reencontro com Laura pode trazer à tona algumas coisas que preferia esquecer. 

Eduarda franziu a testa, um pouco confusa. 

— Laura? O que ela tem a ver com isso? 

Ana hesitou mais uma vez antes de falar. 

— Ela é… uma velha amiga. A gente teve um relacionamento no passado, mas sempre foi um segredo guardado a sete chaves. Ninguém nunca soube. 

Eduarda ficou em silêncio, tentando processar a informação. 

— Vocês se amaram? — perguntou, um toque de curiosidade na voz.

Ana sorriu, mas a expressão em seu rosto era sombria. 

— Não sei. Pode ser que tenha algo, mas preciso ser honesta: é complicado. Eu quero que você saiba que isso não vai afetar nossa relação. Você é minha prioridade.

Eduarda sorriu, aliviada.

— Tudo bem, mãe. Estou aqui para te apoiar, não importa o que aconteça.

Ana sentiu um peso nas costas, mas a certeza da filha a encorajou. Enquanto falavam, o pensamento sobre Laura pairava em sua mente como um fantasma do passado, e ela não tinha certeza de como lidar com isso. 

Assim que desligou, Ana respirou fundo, sentindo a adrenalina e a ansiedade misturadas em seu ser. O retorno ao Brasil não era apenas uma viagem de negócios, mas uma oportunidade de reexaminar seu passado e enfrentar sentimentos que ela havia enterrado por tanto tempo.

Nos dias que se seguiram, Ana fez os preparativos necessários, e a ideia de rever Laura a deixava ao mesmo tempo animada e nervosa. As memórias do que haviam compartilhado na adolescência começavam a ressurgir, lembrando-a de um tempo em que as emoções eram mais simples, mas também mais intensas. 

Enquanto isso, Laura também se preparava para a visita, suas lembranças e sentimentos vindo à tona, criando uma tensão palpável no ar. O destino estava se movendo em direções inesperadas, e a vida de ambas estava prestes a se entrelaçar de maneiras que elas nunca imaginaram.