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Caindo Na Real

Três dias eu ainda esperava ela voltar correndo para meus braços dizendo que se arrependeu daquela briga e que concordaria.

Uma semana depois eu comecei a achar que era uma pirraça da parte de Haenim e que ela queria me ver fraco e preocupado para ter a certeza que cedi.

Um mês depois eu tive a total certeza que era realmente aquela nova vida que ela queria, que ela realmente queria tentar e que eu havia a sufocado e controlado demais a proibindo de expressar o que realmente sentia, notei também que o tempo todo fui egoísta e ciumento a segurando somente para mim e não mostrando que ela pode sim ter um espacinho nesse gigante mundo.

Haenim não era mais uma garotinha de três anos achada na rua em um feliz dia de parque, ela era uma mulher de 23 anos pronta para ganhar sua vida e tentar seu sonho, ouvia pelos corredores que ela havia começado o tão sonhado curso com o apoio de meus pais e que seu primeiro quadro já estava sendo comentado e seu talento apreciado. A minha vida toda eu referia Haenim como sendo 'minha' e a privei de coisas do mundo achando que ele podia a afastar de mim ou então que a machucariam. No entanto no final de tudo ela não precisou ir longe para sair ferida ou decepcionada eu tratei de fazer isso de uma forma imperdoável, achando que somente minha opinião valia, quando na verdade a vida era dela e ela tinha que decidir.

Um mês e meio se passou e ela não precisava mais do titulo 'irmã de Park Jimin' ou 'A amiga do BTS' para se manter, ela havia feito seus próprios amigos, tinha seu próprio local para morar e passeava livremente tendo sua própria liberdade, o fato de não precisar de mim também esfregou na minha cara que Haenim aprendeu a se virar e que meus amigos tinha razão sobre o fato de a deixar viver, eu passava o tempo todo a inibindo de sair ou fazer as coisa por puro medo de acontecer algo quando na verdade isso estava tudo em minha louca cabeça.

A observando de longe respirei aliviado por ela estar indo bem no que queria e ao mesmo tempo senti meu coração se apertar pela saudade e também a lembrança das duras palavras faladas naquela briga que tivemos, eu havia causado não é mesmo? Agora devia aguentar!

Depois de vê-la cheguei em casa meio desanimado para conversar com meus amigos empolgados na sala, aleguei que estava indisposto e subi rapidamente para meu quarto, me escondendo entre os edredons e fechando os olhos para mais uma vez refletir em cada detalhe daquela estupida briga que poderia ter sido evitada se não fosse tão cabeça dura.

Ouvi a porta abrir depois de alguns longos minutos e ao abaixar a altura de meus olhos o edredom pude ver um Taehyung preocupado entrar em meu quarto:

- O que está acontecendo com você?

- Como assim? – olhei para o mesmo não entendo sua pergunta

- Você sabe... você anda tão mal, fugindo o tempo todo e preocupado não duvido nada com que a razão é ela...

- Eu estou bem! – murmurei

- É evidente que não, você sente a falta dela e se culpa pelas palavras que falou, acho que deveria se encontrar com ela e realmente conversar, pedir desculpas e procurarem se entender.

- Passo! – resmunguei virando para o lado

- Ouvi dizer que no curso dela terá um trabalho de apresentação de artes dos alunos, posso ir para te ajudar – continuei mudo – qual é Jimin vocês são irmão, não pode continuar ignorando a existência dela e ela a sua...

- Ela não quer me ver cara, do que adianta eu ir?

- Mostre que você se importa e quer demonstrar interesse real no que ela quer realmente seguir.

O que ele havia falado era verdade, uma prova de que me importava seria mostrando e aparecendo em uma apresentação de um trabalho estimado pela mesma. Concordei minimamente com Taehyung, o mesmo pareceu animado e não duvido nada que talvez ele estivesse armando algo.

- Está na hora de um recomeço cara!