5 - "Tenho que ir agora"

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Hoseok se aproximou de mim, bagunçando os cabelos molhados com uma das mãos; Ele acabara de sair do banho.

—Obrigado. —segurou meus pulsos com carinho.— Por favor, Angel, confia em mim.

—Eu confio, Hoseok. Mas eu ainda tenho medo. —Baixei o olhar, triste.

—Eu não vou deixar ninguém te machucar.

—E se esses caras vierem atrás de você por ter matado um deles? E se...

—Eles não podem. —sorriu ladino.— São de outra região. Pessoas como nós, não podemos invadir a área dos outros. Eles foram loucos de mandar o Yoongi vir aqui.

—Hum... —suspirei.— Não vai mesmo me deixar pagar?

—Não! Eu já disse um milhão de vezes que eu não quero o seu dinheiro. —bufou.— Só aceita, Angel.

—Mas eu quero te ajudar, que merda, é você quem não aceita! —gritei.— Orgulhoso é você que não quer dinheiro de mais ninguém só porque o papai cortou a mesada!

Ele apertou os olhos e me soltou no ar com força, caminhando até o seu guarda-roupa e o abrindo, revirando por dentro.

—Não vai me responder, Hoseok?

—Você não sabe nada sobre mim.

—Então me conta! —fui até ele e puxei seu braço, o aproximando.— Me conta sobre você! Como quer que eu confie em você dessa forma?

—Não dá!

—Não dá ou você não quer?

Novamente ele ficou em silêncio. Eu odiava isso, odiava que me ignorassem assim, odiava não receber respostas.

—Tem noção do que me pediu para fazer hoje? Você me deve respostas, Hoseok! Agora! Eu quero respostas!

Comecei a bater freneticamente em seu peito, buscando saciar a minha raiva. Ele segurou meus dois pulsos para tentar me parar e me balançou, me pedindo para ter calma. Mas eu não queria ficar calma, eu queria gritar até entender tudo isso.

Outra vez eu me debati, sentindo Hoseok me empurrar na cama e ficar por cima de mim. Ele prendeu minhas pernas com as suas e meus pulsos na cama, pesando seu corpo no meu. Encostou a boca no meu ouvido e repetiu a palavra "calma" pelo menos dez vezes.

—Que droga, Hoseok... —sussurrei.— Você é um idiota... Um idiota, eu quero te bater até você pedir pra parar! Argh!

—Sou, sou, eu sei que sou. Mas agora, eu quero usar essa sua fúria para fazer outra coisa. Por favor. Faz... Semanas que eu quero te tocar. Te sentir. Deixa...

—Hoseok... Eu quero tanto você.

—Eu estou aqui. Eu sou todo seu.

A língua de Hoseok lambeu seus lábios lentamente e ele desceu o olhar devagar para a minha roupa suja de tinta. Eu podia ouvir a sua respiração, e senti-la também. Estava pesada, quente e impaciente. Mas ele ainda me prendia com força, com autoridade. Parecia estar fantasiando a coisa mais impura do mundo. Ele era descarado e isso era uma das coisas que eu mais... Amava nele.

—Como pode pensar em sexo agora? —perguntei, me sentindo intimidada.— Você não presta.

—Não, e você ama isso. —aproximou os lábios do meu pescoço e me beijou. O filho da puta já conhece os meus pontos fracos.— Diga que quer foder comigo, loirinha. É tudo o que eu preciso ouvir agora.

—Foder? —eu ri baixinho.— Quer dizer, fingir que nada está acontecendo?

—Hum, podemos fazer amor, se preferir assim.

Plastic Heart;;JHSOnde histórias criam vida. Descubra agora