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"Eu não posso" ela sussurrou antes de sair do meu apartamento, me deixando sozinho com os pensamentos a mil.

Dias se passaram e eu não encontrei com ela no corredor ou em qualquer outro lugar. Nos quatro shows seguintes que fizemos ela não apareceu, apenas o primo dela.

"Ei" eu chamei sua atenção logo depois de descer do pequeno palco.

Ele virou o rosto da mulher bonita ao seu lado para mim, tirando o sorriso do rosto. "Ei" ele repetiu, me encarando.

"Eu sou o--" ele me interrompeu.

"É eu sei quem você é" disse, ainda sério. "O vizinho que sempre dá um jeito de fazer o andar perder o sono" ele sorriu, forçado.

"Você sabe como está a Becky?" perguntei, com depois de lançá-lo um olhar confuso.

"Sei" ele suspirou, virando-se totalmente pra mim. "E eu não sei o que você fez com ela que ela anda estranha. Estranha demais. Não fala, anda mau humor--" dessa vez o interrompi.

"Como?" eu forcei uma risada. "Eu não fiz nada. Nós apenas..." ele me olhou mais sério que antes. "Nos beijamos" murmurei e ele se levantou.

"Não é porque você é um músico que isso me impeça de quebrar a sua cara" ele se levantou, me peitando com o seu um metro e setenta e três.

"O que está insinuando, cara?" eu respirei fundo, não querendo perder a minha paciência.

"A Becca não é uma das suas garotas que você faz o que quiser e depois a dispensa" ele rosnou.

Eu sei muito bem disso. Mas ele não me deixou responder.

"Ela está passando por um momento fodido e você ainda ficou azarando em cima dela até conseguir o que queria e a dispensou, não é?" ele perguntou e finalmente me esperou responder.

"Não é isso" eu queria socá-lo, mesmo, estava ficando puto.

"Olha, Harry, nem pense em tentar algo com a minha prima. Nem pense em querer fazê-la de boneca sexual ou apenas uma brincadeira. Não me importa que sou mais baixo que você, quando se trata da Rebecca, eu a protejo do que for necessário" ele cutucou meu peito e então puxou a garota com ele para longe.

"Ei, cara" Andy apareceu. "O que houve?"

"A Becky está me dando um gelo e eu não consigo entender o porquê" eu ri pelo nariz. "Preciso falar com ela."

Eu deixei Andy parado no balcão, não me importava que ainda tínhamos mais uma música para tocar, eu precisava ver a Becky nem que fosse por segundos.

Depois de estacionar a moto na frente do meu prédio, bati na porta repetidas vezes até que a tranca estalou e a porta se abriu.

Ela estava enrolada em um cobertor, com os cabelos presos em um rabo de cavalo e um óculos de grau no rosto. Seus olhos se arregalaram quando percebeu quem era e ela tentou fechar a porta.

"Becky, calma" eu coloquei o braço e voltei a abrir a porta.

"Harry, olha, eu já te disse que não queria fazer parte disso" ela falou com a voz rouca. "Eu--"

"Eu sei e seu primo já me deu um bom sermão sobre como você não merece." eu a interrompi. "Mas eu disse que podíamos ser amigos."

"Amigos não se beijam, Harry" ela sussurrou. "Eu não quero me envolver com o tipo de pessoa que parte corações." ela me olhou por segundos.

"Vamos esquecer que aquilo aconteceu. Vamos fingir que nunca aconteceu" eu disse tão rápido que nem sej se ela conseguiu me entender.

Ela permaneceu em silêncio, com os olhos cansados pousados em mim, como se pensasse a respeito.

Parecia que eu havia corrido uma maratona; meu coração batia forte no peito ansiando pela resposta que ela poderia me dar.

"Preciso pensar" ela suspirou a resposta, encolhendo os ombros.

Quando abri a boca para tentar dizer algo, ela simplesmente levantou a mão me fazendo parar e murmurou baixo um: "Tchau, Harry." antes de fechar a porta.

[---]

"Você só pode ser imbecil! Seu imbecil!" Leny gritou quando me viu entrar no 'backstage' logo depois deles voltarem do palco.

Eu encostei na pequena cômoda de madeira escura e cruzei os braços, olhando pro chão pensando no que aconteceu minutos antes. De canto, pude ver Leny e Dean conversando, antes do primeiro largar a guitarra sobre o pequeno sofá velho e vir até mim.

"Se você fizer isso de novo, Styles... Eu juro..." ele apontou o dedo na minha cara, me olhando furioso. "Eu juro que eu te dou uma surra." rosnou.

"Ei, Leny" Andy se meteu no meio, fechando a garrafa d'água e se colocando entre nós. "Calma, nada de quem vai dar porrada em quem aqui!"

Eu já me encontrava de pé, olhando Leny que era um pouco mais baixo do que eu.

"Mas o Leny tem motivos o suficiente para ficar puto contigo, cara" Andy continuou. "Merda, você não pode simplesmente abandonar a porra de uma apresentação porquê precisa discutir relação."

"Andy, cala a boca" eu rosnei. "Mas eu não vou repetir isso. Desculpa" olhei para os outros.

"Só não faz isso de novo, cuzão" Leny murmurou, antes de me dar um rápido abraço.

"Então, queridos!" foi a vez de Dean se pronunciar. "Vamos todos hoje para o Moes! E vamos beber, ir atrás de algumas garotas e nos divertir" ele deu uma risada.

"Vamos!" os outros disseram e então olharam pra mim.

"Vocês ainda têm dúvida se eu vou ou não?" disse abrindo um sorriso. "Só se for agora" concluí.

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O M E U D E U S

gente, primeiro de tudo: me perdoem pelo abandono repentino desta história.

eu tive um bloqueio de criatividade, ate esse cap n foi o q eu esperava. o que acharam? kk

enfim, além do bloqueio eu tive um ano meio turbulento na faculdade e acabei n tendo tanto tem qnt imaginava.

mas agr c essa caceta de coronga vairus, estou tendo tempo para reler a história e retomar as ideias que tinha para ela. ~ ja estou escrevendo o próximo. :)~

peço mais uma vez desculpas e agora com nais tenpi vou conseguir trazer a fic de volta a ativa.

nos vemos no próximo cap ;)

Apt 505 | h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora