Com o seu doce toque.
Eu costumava sonhar.
O nosso amoroso futuro.
Eu costumava imaginar.
Eu desejo isso.
Eu almejo isso.
Mas como posso em ti
Novamente confiar?
Nas palavras amargas
Só me restou acreditar.
Tanto amor eu quero lhe dar.
Mas e o medo de me entregar?
Você me colheu do vale.
E hoje.
Eu sou um lírio solitário.
Completamente machucado.
Tentando me amar.
Eu preciso do calor.
Do amor.
E não do frio.
E da dor.
Outros tentaram me colher.
Desse jardim qualquer.
Mas tudo o que faço.
É me encolher.
Eu sinto falta.
Do néctar dos teus lábios.
Da forma como me tocava.
Como uma lira rara.
De como se preocupava com o solo
Como se cuidasse de uma flor.
Eu desejo o seu amor.
Mas me pergunto.
Meu coração criou uma ilusão?
Ou você só se perdeu no meio desta confusão?
Desejo sentir paz novamente.
Ao deitar teus braços.
E te observar atentamente.
Desejo sentir paixão novamente.
Quando me tocar tão devotamente.
Desejo sentir amor novamente.
Quando dizer o que sente.
Desejo sentir segurança novamente.
Quando entregar me.
Não necessitando ser sobrevivente.
