Anos já haviam se passado. Pucca já estava com 15 anos e, mesmo assim, continuava perseguindo Garu incessantemente, roubando-lhe beijos e abraços. Ela sempre fez de tudo por ele, seu amor e paixão eram muito fortes, mas a garota nunca foi retribuída pelo mesmo. Garu sempre a evitou e tentou afastá-la, se irritava com tudo o que Pucca fazia, mesmo quando ela o protegia e o ajudava a derrotar Tobe.
Certo dia, quando estava correndo atrás dele novamente, começou a pensar: "Já fazem anos que faço isso, será que ele continuará fugindo para sempre?". Quando ela finalmente estava o alcançando deu um enorme pulo em sua direção, o derrubando com um abraço e dando-lhe um grande beijo no rosto, que foi retribuído com um grande e áspero empurrão, limpando seu rosto irritado e fazendo gestos e sons sobre sua indignação, já que o mesmo fazia um voto de silêncio por causa de seu falecido pai, que também era compartilhado pela menina que acabara de lhe beijar.
Ela ficou observando Garu se irritar e limpar o rosto desesperadamente e percebeu que tudo que ela fazia era inútil, ele nunca reconheceria seu amor e quanto mais ela tentasse se esforçar, beijá-lo e abraçá-lo não o fazia se interessar por ela, na verdade, isso só fazia ele sentir cada vez mais um desejo de se afastar o máximo possivel.
Decepcionada e com o rosto com aspecto de choro, saiu dali e foi para casa, pensando no assunto. Quando chegou em casa foi direto para seu quarto e em sua cama um enorme flashback passava em sua mente. Lembrou-se de todos os momentos que passaram juntos e percebeu que não houve nenhum em que seu amor fora retribuído. Ficou lembrando também de que uma vez ela conseguiu aproximar a lua e seu encanto amoroso atingiu Garu, na época ela tinha apenas 10 anos e ele 12, foi a única vez em que Garu demonstrou amor pela Pucca, mas mesmo assim, não foi por vontade própria.
Depois de pensar em um turbilhão de coisas decidiu que não aguentaria viver assim para sempre, talvez ela nunca deixaria de amá-lo, mas ela já havia crescido e ganhou uma certa maturidade, não tê-lo para si, mas o deixando feliz, bastava. Ela percebeu o quanto era irritante para ele, então decidiu que não iria mais persegui-lo e que seu voto de silêncio seria para não ter que falar o nome dele ou algo sobre ele.
Respirou fundo, decidiu-se do que estava escolhendo fazer e começou a chorar, deitando-se rapidamente com a cara virada para a cama e com o travesseiro tampando sua cabeça. Ela finalmente cresceria e desistiria do Garu.
Neste mesmo momento, Garu estava treinando artes maciais com seu melhor amigo, Abyo, que rasgava a camisa e gritava alto em suas lutas. Depois de muito treino, já cansados e ofegantes, deram uma pausa, quando Abyo percebeu que Garu estava um pouco estranho e resolveu puxar assunto:
–O que foi Garu?
Garu não falava, mas fazia gestos e sons que seu amigo compreendia totalmente, já haviam anos que Garu fizera o voto de silêncio e por isso, seus amigos já estavam totalmente acostumados, então de sua maneira, respondeu:
–"Já estou cheio de ter que fugir da Pucca todo dia, é muito cansativo."
–Aconteceu alguma coisa Garu? Achei que já estivesse acostumado.
–"E estou, mas hoje achei que ela estava diferente, sempre tentei afastá-la, mas parece que não tem jeito."
–Olha Garu, a Pucca nunca vai se afastar de você, se conforme com isso, quanto mais você tentar afastá-la, mais próxima ela vai ficar. De que forma você acha que ela estava diferente?
–"Não sei.."
–Você não gosta dela?
Garu para, olha para ele com cara de surpresa e raiva e se levanta irritado, se negando a responder essa pergunta, que para ele, parecia idiota e sem sentido. Voltaram a lutar e findaram o dia treinando. Garu ficou pensativo, lembrando de tudo que Pucca e ele já passaram, pensou que tudo foi irritante e perda de tempo, ela era grudenta e chata, mesmo não tendo nenhum tipo de relação, todos diziam que eram namorados, mas toda essa afeição a mostra só vinha de Pucca, ele nunca demonstrou gostar dela, mesmo sabendo que se importava um pouquinho com ela, nunca admitiu ou aceitou nenhum tipo de romance.
"Por que ela nunca para? Por que sou obrigado a viver preso a ela? Ela não aceita que eu não sinto o mesmo que..."– Nesse momento ele travou seus pensamentos, ele sequer sabia o que sentia quanto a ela. Seus sentimentos não eram como o da Pucca, mas por algum motivo, ele não conseguiu dizer para si mesmo que não sentia o mesmo que ela.
Ele não aguentava mais ter que afastá-la em vão, da mesma forma que Pucca pensava que não aguentava mais ter que correr atrás dele, também em vão e, simultaneamente com a garota, que se encontrava em prantos no seu quarto, pensaram:
"Cansei de tentar."
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Amar é complicado(Pucca)
Fiksi PenggemarPucca sempre perseguiu Garu, mas seu amor nunca foi correspondido. Será que algum dia isso terá fim? . Também disponível no Spirit fanfics