- tem comida pronta Maria Gabriela ? - perguntei entrando na casa dela com os meninos
- credo, parece o PT quando tira o dia pra me encher o saco, me chama de Mabi que eu já te considero maluca - falou sorrindo pra mim
- tem comida pronta Mabi ? - perguntei novamente e ela riu
- tem - Respondeu satisfeita
- cheiro tá bom pra carai, tá manjando demais loira - PT abraçou ela beijando sua cabeça
- Nunca decepciono né - falou convencida e ele fez careta rindo dele
- então, o que aconteceu com o cara que você amarrou com um cadarço ? - Mabi perguntou prendendo a risada
- eles não me deixaram torturar ele, o que foi um porre de tão chato - revirei os olhos e PT riu
- Não era um caso pra tortura, não é assim que as coisas funcionam por aqui - BN falou colocando comida em seu prato
- o jeito de vocês resolverem as coisas e patético, por isso eles não tem medo de nada, e acabam mudando de lado - soltei na mesa, BN me encarou sério
- Você é patética e nem por isso jogamos na sua cara - Ele retrucou frio
Os outros nos encarravam e nós dois lançávamos olhares mortais um pro outro
- Tá legal isso foi estranho, pode parar - Vítor falou tocando meu ombro
O barulho de fogos fez as coisas se agitarem, BN tirou uma arma da cintura se levantando rapidamente
- Pro cofre as duas ! - PT ordenou saindo junto com BN
- Vítor ! - gritei chamando por ele, que me olhou rapidamente
- só entra no cofre Maju - pediu me encarando, eu revirei os olhos e Mabi me puxou correndo escada a cima
Ela entrou em um quarto e bateu à porta, me soltou correndo na direção do guarda roupa, jogou tudo no chão e começou a tentar uma porta
- deixa eu te ajuda - fui na direção dela e tentei puxar também
- tá imperada, não consigo puxar mas que droga ! - reclamou parecendo desesperada
Ouvi um barulho lá em baixo
- Tem alguém lá em baixo...- falei olhando pra ela
- Tem uma arma na gaveta...- respondeu baixo se aproximando da cama
- sabe atirar ? - olhei rápido pra ela
- eu tento...- falou meio sem jeito
- fica atrás de mim...- tirei minha arma da cintura e me encostei ao lado da porta
Ela se abriu bruscamente e eu apontei a arma pra cabeça do cara mascarado
- Põe a arma no chão devagar - ordenei
Ele gargalhou e se virou me dando um soco, tombei pra trás e Mabi gritou
- eu quero é você loirinha - o cara foi atrás de Maria Gabriela
- fica longe de mim - ela gritou indo pra trás
- Será que uma garota não pode ter um pingo de paz nesse lugar ? - voltei a mim e atirei na perna dele
- filha da puta ! - ele gritou atirando duas vezes, minha visão ficou um pouco turva
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Mafiosa
Ficção AdolescenteO livro Mafiosa conta a história de Maria Júlia, uma garota que sofreu na infância e foi tirada das ruas pelo filho de um dos maiores mafiosos do Rio de Janeiro.