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- quer picolé ? - Perguntei pra mabi

- lógico ! - falou animada e eu pedi dois pra moça

Depois que pegamos os picolés, Mabi notou o cara nos encarando do outro lado do shopping

- quem é aquele cara ali ? - ela perguntou - ele parece familiar...- pareceu pensar

- ele é do morro, o mala do seu namorado e o pé no saco do BN pediram pra ele nos vigiar, como se a gente precisasse disso - eu bufei

- É complicado Maju, eles só querem que a gente fique segura - ela falou me olhando meio sem jeito

- já se acostumou com um bando de guardinhas no seu pé te seguindo de longe toda vez que você sai de casa ? - perguntei

- acho que sim, eu não sou como você Maju, confesso que não gosto de armas e eu nunca me preocupei em me defender e me proteger, sempre tive quem fizesse isso pra mim - ela explicou

- eu não entendo, mas respeito seu pensamento - dei de ombros e terminei com meu picolé

Saímos do shopping, ela colocou as coisas no banco de trás e eu dirigi de volta pro morro tranquila

Subi devagar porque algumas crianças jogavam bola na rua e parei na porta da casa de Mabi

- amanhã tem baile, você vai ? - ela perguntou quando desceu

- não sei, é bem provável que sim - falei e ela sorriu animada

- você vai adorar, os bailes do alemão são os melhores, bom, pelo menos é o que todos dizem - comentou - quer entrar ? - perguntou

- vou indo pra casa, to cansada - ela concordou e me deu tchau entrando em casa

Subi pra minha casa, estacionei na garagem e entrei em casa ouvindo a barulheira da conversa dos meninos

- eu não preciso que você mande ninguém atrás da gente - Falei pra BN assim que ele me olhou

- fiz isso pra proteger meu afilhado, você que se vire, aliás, você consegue né ? - me provocou

- Acha que eu deixaria alguma coisa acontecer com ela ? - encarei, ele estava começando a me irritar

- acho que você não pode se defender e defender ela ao mesmo tempo - ele falou - o que aconteceu no dia do tiroteio foi sorte - me olhou

- sorte ? - debochei - você é patético - falei jogando uma almofada do sofá nele

- é só isso que pode fazer ? - riu

Tirei a arma da cintura e ele franziu a testa, tirei o cartucho o coloquei ela em cima da mesinha

- seria perda de tempo gastar isso com você - debochei da cara dele

- vocês dois conseguem ficar no mesmo lugar sem se atacar por pelo menos 5 minutos ? - Vítor perguntou

- Ele que é escroto - falei dando de ombros e me jogando no sofá - esses sapatos estão me matando - tirei meu tênis

- nu, chulezão em fia - PT zoa

- segura seu momento Paulo, eu não tenho chulé - Revirei os olhos

Vítor riu

Mafiosa Onde histórias criam vida. Descubra agora