Kauê
Cheguei na lanchonete e pedi um refrigerante e um pastel de carne, sentei na bancada pra esperar e vi em alguns bancos mais à frente Yasmin, ela bebia um suco enquanto parecia fazer algo da escola
Me aproximei devagar e ela notou minha presença parecendo surpresa
- Eae - falei encarando ela meio sem jeito
- ooi - ela sorriu me olhando
- você tá melhor ? - perguntei encarando ela
- aham - respondeu colocando o cabelo pra trás - e você, depois da briga você deve ter ficado machucado - me olhou
- só uns arranhões, mas to bem - respondi rápido - Diogo voltou a te encher ? - perguntei puxando um banco e me sentando do lado dela
- não, eu não o vejo desde aquele incidente - respondeu sem olhar pra mim
- ele sempre foi assim com você ? - perguntei
- se não se importa, não quero falar sobre esse assunto, é algo pessoal e a gente nem se conhece direito - falou me olhando
- está certo - bufei internamente - qualquer coisa você pode me procurar se ele voltar a te procurar - avisei
- não acho que preciso de ajuda...- falou um pouco baixo
Levantei as sobrancelhas surpreso
- não foi o que pareceu - retruquei e ela fez cara de sonsa
- Certo, eu te procuro qualquer coisa, e me desculpa se pareci mal agradecida - sorriu meio de lado - obrigada, talvez se você e o outro cara não tivessem chegado coisas ruins poderiam acontecer - falou sem me olhar
- como agradecimento você poderia me responder uma coisa...- falei e ela me encarou sem entender
- fala aí - disse
- O Diogo tem feito algo suspeito durante esse tempo ? - perguntei e ela pareceu pensar
- eu não sei, a gente se separou a algumas semanas, mas ele saia com muita frequência do morro e nunca me dizia o motivo, tá acontecendo alguma coisa ? - perguntou curiosa
- não, é só pra saber mesmo - respondi rápido - preciso ir - me levantei
- seu pastel - a moça da lanchonete falou me entregando a embalagem e o refrigerante, agradeci e paguei
Fui saindo rápido na direção da moto
- Kauê - Yasmin me chamou e eu olhei pra ela assim que subi na moto - Diogo no fundo é uma pessoa boa, eu não sei no que ele se meteu mas, ele não é um monstro - falou meio sem jeito
- Lúcifer era um anjo - respondi e acelerei rápido em direção a boca
Assim que cheguei me bati com Maju que estava saindo da boca rápido
- que foi ? - perguntei vendo ela meio pálida
- comi um cachorro quente e acho que tinha algo errado - falou com a mão na barriga
- quer que eu te leve no médico ? - perguntei
- não, eu to indo pra casa com o Vítor, avisa o seu pai quando ele voltar do asfalto tá ? - beijou minha testa e saiu atrás do Vítor que já tava lá fora
Fui falar com Pt sobre o Diogo, sem tem dedo desse cara eu vou descobrir, sei que ele não vale o prato que come

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Mafiosa
Ficção AdolescenteO livro Mafiosa conta a história de Maria Júlia, uma garota que sofreu na infância e foi tirada das ruas pelo filho de um dos maiores mafiosos do Rio de Janeiro.