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Depois que todos terminamos de comer Kauê se propôs a lavar os pratos por ter feito todo mundo esperar e obviamente a galera achou um máximo, já que todo mundo ia ter que lavar o seu, regra que eu mesma impus

Sentei no braço da poltrona que BN estava sentado, frustrada por Kauê não ter falado uma palavra comigo desde a hora que chegou

- que foi neguinha ? - BN passou a mão em volta da minha cintura beijando meu braço

- Kauê - bufei - cara eu não quis defender o Diogo, ele deveria entender isso...- Reclamei baixo e BN riu

- você devia falar isso pra ele, conheço o Kauê e sei que ele tá se achando o dono da razão, ele é orgulhoso e não vai vir até você - pediu

- eu também sou orgulhosa ! - falei como se fosse óbvio, o que é

- eu sei Maria Júlia...- beijou meu braço de novo - eu sei...- sorriu pra mim

Pensei por alguns minutos e respirei fundo me levantando, vi ele sorrir meio de lado se dando por vencido e bufei

Entrei na cozinha e ele lavava os braços cantarolando alguma coisa, me encostei no balcão

- Preciso falar contigo - falei e ele parou de cantarolar

- to ouvindo - respondeu sem virar pra mim

- não quis defender o Diogo, se quer saber eu via muito potencial nele, ele tem uma coisa que poucos garotos do galpão tem e essa coisa poderia ser muito bem explorada, sabe...- respirei fundo pondo a mão na cara - Eu via um futuro pra ele, eu me enxergava nele e nas atitudes grotescas dele, eu achava que ele tinha medo de algo e por isso era assim...- falei voltando a olhar Kauê de costas

Ele ficou em silêncio por algum tempo e eu também não disse nada, me desencostei e me preparei pra sair da cozinha

- acredito em você - ele falou ainda sem olhar pra mim - gosto de você Maju, te considero a mãe que eu não tive - virou pra mim e veio na minha direção - ver você defender um cara que é um merda e que só faz merda me talhou o sangue, mas eu deveria procurar entender o seu lado também - me abraçou e eu fiquei meio sem jeito, mas retribui o abraço

- me desculpa ok...? - falei com a voz um pouco embargada, não acredito que quero chorar

- me desculpa também, eu amo você tá ? - falou me aconchegando em um abraço

- eu amo você também...- senti uma pequena lágrima escorrer em minha bochecha e me vi emocionada de um jeito que nunca imaginei que ficaria

Mafiosa Onde histórias criam vida. Descubra agora