Uma semana depois
- é o seguinte, alguns caras infiltrados conseguiram descobrir que essa madrugada vão transferir o BN de cadeia porquê sabem que ele está sujeito a fugir - Paulo falava pra um monte de caras que bem armados na boca - vamos interceptar antes que isso aconteça e trazer o BN de volta ao morro
- como vamos saber que não é uma armadilha ? - um cara perguntou
- não é, temos fontes confiáveis - Paulo falou - não vamos com todos os nossos homens pra não dar muita bandeira, apenas 30 - explicou
- e quem são esses trinta ? - outro perguntou, Paulo começou a falar nomes
- ela vai ? - um cara me olhou debochado depois que BN falou meu nome
Puxei a arma sem paciência alguma pra mimimi de macho escroto e atirei nele, todos se assustaram quando ele caiu gritando com a mão no peito
- se mais alguém falar um pio eu faço questão de matar com as minhas próprias mãos - falei séria e todos ficaram calados, uns caras entraram e tiraram o corpo do cara pra fora
Depois que Paulo explicou como funcionaria sai da sala, Ele veio atrás
- você não pode ficar matando as pessoas por motivos banais Maria Júlia - ele tocou meu braço
Puxei
- gosto de você, mas não vou ficar ouvindo esse bando de macho toda vez que eu sou escolhida pra alguma coisa fazendo comentários idiotas só porque eu sou mulher - encarei ele séria
- eu sei que é complicado, mas eles ainda não se acostumaram com isso - falou me olhando
- acho bom se acostumarem, porque eu não vou exitar em atirar na cabeça do próximo babaca que ousar se dirigir a mim com inferioridade e deboche - falei saindo de onde estávamos
Subi na moto e acelerei pro galpão onde os meninos já treinavam luta, Kauê assistia meio desanimado
- como estamos ? - perguntei me aproximando dele
- bem, Diego já derrubou todos - Kauê falou sem muita graça
- deixa eu ir lá dar uma porrada nele pra ver se eu te animo - falei bagunçando o cabelo dele que sorriu
Tirei a arma da cintura colocando sobe uma mesinha e entrei no tatame
- quer apanhar com dignidade ou sem ? - perguntei enrolando algumas faixas na minha mão pra não me machucar
Diego sorriu
- quem disse que eu vou apanhar ? - debochou vindo pra cima de mim e me derrubando no chão
Prendi minha pernas nas suas deixando ele sem se mover e soquei seu rosto fazendo ele gemer, virei nossos corpos prendendo suas mãos e colocando ele de cabeça pra baixo
- eu disse - debochei também ouvindo a risada dele
Pouco a pouco eu ia entendendo qual é a desse garoto, já percebi que ele tem muito potencial, só que por se achar demais acaba ficando em desvantagem
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mafiosa
Ficção AdolescenteO livro Mafiosa conta a história de Maria Júlia, uma garota que sofreu na infância e foi tirada das ruas pelo filho de um dos maiores mafiosos do Rio de Janeiro.