Cap.13- A União faz a Força

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Antes de tudo, nós precisávamos de um descanso. Trouxemos Gabe, Verynice e Emmano para a nossa base de operações e os deixamos em três diferentes salas para que pudessem passar a noite e podermos conversar sobre o acontecido mais tarde, e até, quem sabe, leva-los de volta às suas famílias amanhã.

Eram quase 18 horas e o sol estava se pondo. No ar pairava um clima intenso e desagradável entre mim e Lían. Não sabíamos o que falar a respeito do que aconteceu e a única coisa que não fugia do nosso consentimento era o fato de que estávamos relativamente felizes de termos nossos amigos por perto são e salvos. As palavras de Emmano mais cedo matutavam na minha mente e eu me perguntava se aquilo realmente era efeito de algum controle mental/substância ou se no final das contas era apenas a expressão do que ele acreditava a meu respeito. E se for verdade? Por todos esses anos eu tenho lutado arduamente para manter as coisas em equilíbrio, mesmo quando tudo parecia perdido, eu persisti e mantive minha cabeça no lugar, pouco a pouco fui entendendo que eu precisava ser forte para atingir meus objetivos. E acredite, ser forte não era questão de ter os poderes mais legais, um codinome divertido, ou até mesmo um uniforme visualmente muito bem trabalhado. Era sobre ser capaz de agir sem euforia e exaltação perante as adversidades. Era sobre ser resiliente. E depois de ouvir aquelas palavras vindo de alguém tão especial para mim eu tive que rever meus conceitos e meu posicionamento. Ele foi rude? Sem a menor sombra de dúvidas. Aquilo não combinava nem um pouco com o Emmano que eu conhecia, mas me preocupo se, independente das circunstâncias, ele estivesse certo no final das contas.

Às 19 horas, decidi sair e buscar algo para comermos, e aproveitar para dar uma refrescada na mente durante esse tempo. Tem uma pizzaria muito boa aqui perto, e é exatamente disso que precisamos. Desde que voltamos de Dhrotinn, nem eu nem Lían fomos em casa ainda, como eu disse, fomos direto para o resgate. Devo admitir que estou muito ansioso para ver meus irmãos e minha mãe de novo. Eu havia dito que estava partindo para uma viagem pela Europa custeada pelo projeto do qual que eu participava, no intuito de competir em um concurso de artes. É horrível mentir desse jeito, mas ela não pode saber da verdade. Quanto aos meus irmãos, ambos sabem da natureza do meu trabalho e mais especificamente meu irmão, Will, contribui bastante com isso.

Quase 1 hora depois eu estava de volta ao Bunker com duas pizzas tamanho gigante e um refrigerante de 3 litros para matar nossa fome. Calabresa e frango com catupiry: estavam cheirando incrivelmente bem e eu mal podia esperar para comer o máximo que eu pudesse. A essa altura Emmano já estava acordado, e para melhor esclarecer as coisas para todos, decidi chama-los para conversarmos juntos durante o lanche da noite. Fui abrindo as salas em que estavam Verynice, Emmanuel e Gabe, convocando-os à ala principal seguidos de mim. Gabe parecia pensativo, como se não soubesse o que falar sobre a situação. Emmano, por sua vez, estava bem confuso e Very só queria saber onde estavam Bider, Bruna e Ferb. Pedi a eles que ficassem calmos, para que pudéssemos comer tranquilamente enquanto esclarecíamos as coisas, queria seguir uma linha de raciocínio.

Retirei alguns objetos que estavam na mesa, coloquei os alimentos e sugeri que todos pegassem um dos assentos que estavam espalhados pelas diferentes áreas da ala e os colocassem próximos à mesa, para facilitar a comunicação.

Comecei induzindo a conversa:

-Então galera, o dia hoje foi um pouco conturbado, eu sei..., mas gostaria que vocês soubessem que estou extremamente feliz que estamos todos juntos aqui. Claramente não nas melhores circunstâncias, mas juntos. Eu queria que nós tivéssemos uma conversa mais agradável para resolvermos esse problema ajudando uns aos outros, e é por isso que optei por não deixar ninguém em celas, já que não há nada mais incrível que um lanche coletivo, certo?

-Certo, mas exatamente em que nós devemos ajudar? - Perguntou Very, curiosa.

-Que tal começarmos por você? Poderia nos contar o que estiveram fazendo esse tempo todo desaparecidos. Em que estavam trabalhando, para ser mais preciso?

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