{Cap 1- o encontro}

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\\Narrador on//

Black era um empresário, e uns dos grandes, sua empresa é uma das maiores em new York. Alguns diriam que ele tem a "vida perfeita", baboseira.

- Black tem dinheiro, sucesso, uma casa de frente pra praia, o carro do ano, e é claro, vadias nos seus pés -

Mas não era isso que ele queria, não era isso que faziam seus olhos cor de mel, pelo menos o "olho certo", brilharem como antes.

Ele queria ter uma família, filhos, alguém pra amar e que o amasse também, uma casa simples, um emprego médio, um carro popular e alegria em sua vida.

Mas não era isso que ele tinha...

Mas ele não se importava mais com sua felicidade, na verdade ele já deixará seu eu a muitos anos atrás, juntos com um corpo frio que agora deve ser somente pó enterrado. Ele sorria torto, certamente o único sorriso que lhe sobrara, ao lembrar da doce sensação de sangue fresco sujando o asfalto de vermelho-vibrante, do cheiro do perigo, da culpa pesando em seus ombros e da sensação de liberdade. Algo inalcançável pro Sr.Osama de hoje em dia.

Bem, após se arrumar como todas as manhãs, ele desceu e tomou seu café calmamente, sentando em seu sofá ele passa os canais e procura algo menos entediante e para num jornal qualquer, depois de terminar e entregar as chaves pra sua empregada de confiança, ele desce e se acomoda em seu carro, pedindo pra seu motorista parar num lugar meio...peculiar pra um chefe de empresa como ele, porém o motorista só confirmou, já sabendo que perguntas tinham que ser evitadas.

[...]

Black sabia que ia se atrasar, e sabia que, como de costume, quando o Sr.Osama se atrasa os boatos correm soltos. Alguns diziam que ele se encontrava com uma amante que tinha, por isso recusava outras belas garotas que tentavam conquistar ele. "Quem dera" foi uma das coisas que disse a si mesmo quando ouvira isso.

Outros já pensavam que ele era aquelas pessoas que não ficam com ninguém, não gostam de sexo nenhum, Black nunca lembra o nome desse tipo de sexualidade, é muito difícil falar o nome sem errar. Mais enfim, quanto a isso nem ele mesmo sabia se era ou não, seu coração já estava perdido dentre todos os papéis e cortinas do enorme edifício que era seu destino final.

Ao adentrar sua empresa, o ruivo percebeu os típicos olhares atentos de seus funcionários, mas apenas ignorou todos e foi até o elevador cheirando o doce perfume de uma rosa amarelada. É claro que ele ouviu todos os comentários escrotos de alguns funcionários e as perguntas curiosas de outros, mas só ignorou como de costume.

Subindo o elevador enquanto olhava a pequena flor em suas mãos, ele se lembrou dos cabelos do loiro ao vento e como era feliz antes do "grande incidente", como chamava. Ele lembrou do acidente culpado por sua solidão, bem, esses dois fatores ajudaram. Mas, ele só queria lembrar de como era sentir aqueles lábios de coral juntos ao dele, e como aquela mão livre o fazia ir aos céus.

Ele o queria devolta, mas sabia que nunca mais o veria, nunca mais...

Ao chegar em sua mesa, afastou os pensamentos e colocou a rosa num pequeno vaso e o deixou perto de seu notebook e se sentou em seguida, sem muito ânimo pra trabalhar.

Bem, enquanto prepara alguns papéis pra uma reunião com a empresa ele falou com sua "buela", como ele a chamava sua mãe adotiva, que disse pra ele que queria vê-lo logo, e seu "irmão" Zack o aconselhou a ter um c.o pra ajudar ele e Black disse que não era uma má ideia, afinal ele estava precisando de uma ajudinha com a empresa que estava crescendo.

Depois da reunião, ele foi pra cafeteria e conversou um pouco com lily, uma senhora com seus esbeltos 46 anos que era quase como uma terapeuta pro ruivo, ela sempre ajudou ele nos piores momentos e nos bons também. Ela apoiou a ideia de Black em ter ajuda e disse que esses "caras de preto" ,como chamava, ajudavam muito.

Ele ria levemente com isso, e pra ela era uma vitoria ver o sorriso do chefe sobre-sair no rosto dele. Depois de pegar sua bebida favorita, ele subiu o elevador e ficou olhando a vista da sua varanda de vidro, observando toda a paisagem que ele tanto amava...

{...}

Black estava vendo seu dia passar novamente, olhando pro mesmo sol poente e esperando conhecer o seu novo c.o amanhã, porém algo o fazia ter receio.

E se fosse outra vadia que daria em cima dele? Ou pior, um machista homofobico! Ele ficou com medo de ter que aturar pessoas assim.

Pelo menos ele conseguiu reunir pessoas boas que não tinham tanto preconceito pra chamar de funcionários, mas oque ele poderia esperar desde cara?!

Ele estava pensativo, ele não queria que alguém mandasse nele, mas não tinha jeito, já tinha marcado um encontro com ele amanhã.

[...]

Ao chegar em casa, foi surpreendido por uma chamada de vídeo com uma antiga amiga, Hana. Eles ficaram horas conversando sobre várias coisas, até mesmo sobre...ele...

Mas ela tinha que ir dormir, então ela se despediu e desligou, deitou e ficou pensando em como desabafar faz bem. Ele sentia muita saudades da sua vida antiga, de como ela queria que quase tudo fosse igual. Claro que nada é perfeito mas as vezes o ruivo realmente queria saber o motivo do destino o deixar sozinho...se bem que não foi o destino que fez ele não amar Black...e ele dormiu chorando, mais uma vez, com um vazio dentro de si...

[...]

Black estava sentado em sua mesa, observando sua flor emanar um cheiro muito bom, enquanto ouvia sua secretaria dizer que o tal c.o só viria a noite, nenhuma novidade, ninguém vem em plenas 6:21 pra uma entrevista de emprego, mas a noite também era um horário meio peculiar...

O ruivo ouviu todos os recados como sempre, até que ela parou e do nada, anunciou a ele.

- senhor Osama, tem um...senhor..querendo subir, devo permitir?

- deixe que suba - disse simplesmente.

Black continuou olhando a flor enquanto ouvia o elevador subir lentamente, mas o que surpreendeu foi quem estava lá dentro.

Assim que a porta se abriu, Black deu um pulo. C.como...?

-{Aquela Noite Chuvosa}-  ~yaoi~  [NO MORE] Onde histórias criam vida. Descubra agora