Capítulo sete

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Escutar a voz de Louis fraquinha daquele jeito, fez meu coração bater mais forte. Foi como se uma metade de mim estivesse indo embora. O que passava em minha cabeça era apenas que ele não queria que eu fosse embora e que ele não me odiava. Voltei correndo até ele e dei-lhe um forte abraço, ficando com minha cabeça em seu peito definido e sentindo seu coração bater forte. Ouvi um fungado e olhando para cima, onde seu rosto estava, pude vê-lo com os olhos fechados e lágrimas escorrendo em seu lindo rosto de pele bronzeada. Aquela visão fez meu coração quebrar. Louis estava com seu cabelo bagunçado e tinha a boca contorcida e seus lábios tremiam. Eu diria que aquela era uma perfeita visão para os meus olhos, se não estivesse preocupado com seu estado emocional e físico.

- P-Por favor não chore, Louis. Eu estou aqui - repeti diversas vezes até senti-lo parar devagar.

- Nunca vá embora, Harry

- Eu não irei, litte Louis.

Ficamos cerca de dez minutos abraçados e tentando processar os acontecimentos. Tudo pareceu se encaixar naquele momento. Louis tinha um cheiro muito bom e eu me senti em casa em seu peitoral. Tentei entender como uma pessoa pode se sentir em casa quando se está com outra pessoa e como eu consegui se apaixonar pelo garoto cabeça dura e rebelde chamado Louis Tomlinson.

Ocorreu tudo muito fugaz e quando pude processar, estávamos em seu carro e dessa vez, eu que dirigia. Não queria ver Louis usar a força, pois ele tinha saído de um desmaio em pouco tempo e eu estava preocupado com ele, então decidi que eu iria dirigir, claramente depois que o teimoso do Louis passou meia hora para concordar.

Enquanto dirigia lembrei-me de um lugar que fui muitas vezes, o lugar em que eu me sentia confortável e passava horas e horas pensando na minha nova vida em Doncaster. Tudo mudou quando eu vim para cá e não de uma forma pior, da melhor forma possível. Eu gostava de Doncaster, me sentia em casa. Louis me trouxe diversas experiências novas, sensações que eu nunca havia sentido e um sentimento que eu nunca tive por outro garoto chamado amor. Eu nunca me apaixonei. Sabem quando você sabe que algo existe, mas pra você é como se nunca tivesse existido? Para mim foi se apaixonar.

Decidi que iria levar Louis para esse lugar. Dei meia volta e observei a expressão de Louis mudar de relaxada para confusa. Então, ele falou:

- Onde nós estamos indo, Hazz? - sorri abertamente com o novo apelido.

- Você só vai saber quando chegar. - pisquei para ele.

- Urghhh, eu odeio surpresas. - se encolheu no assento do passageiro e fez um biquinho, juntamente com um pouco de carranca em sua expressão facial, cruzando os braços.

Senti meu estomago embrulhar com aquela visão. "Esse garoto um dia vai me deixar logo e eu terei que ir para um hospício" pensei.

- Por favor, não faça esse biquinho.

- Qual? Esse? - fugazmente toda a carranca se foi e se formou um sorriso malicioso em seus lábios finos. Louis tirou o cinto de segurança e aproximou-se de mim, ficando de joelhos no banco e sussurrando em meu ouvido:

- Seja um bom garoto, Harry.

Louis mordeu o lóbulo da minha orelha e foi dando selinhos molhados nela até chegar a meu pescoço, lambendo meu maxilar. Tentei concentrar-me na estrada, mas era difícil quando se tinha Louis Tomlinson me dominando da cabeça aos pés. Chupou meu pescoço fortemente e eu gemi baixinho, já delirando com a sensação e fazendo meu estomago revirar. Foi abaixando-se até ficar cara a cara com o meu membro e mordeu-o em cima dos tecidos que eu vestia. Levantou um pouco a camisa preta na qual eu usava e começou a chupar levemente e lamber o começo da minha barriga, próximo á minha linha V. Com isso, gemi alto e revirei os olhos.

-Ok Louis, você venceu, agora me deixe prestar atenção na estrada, antes que morramos.

- Eu iria morrer feliz seu bosta - disse saindo de cima de mim, voltando para o seu assento e mesmo com um pouco de carranca em seu olhar, pude vê-lo dar um pequeno sorriso.

Continuei dirigindo até o lugar que iria leva-lo e um silêncio confortável permaneceu entre nós. Aproveitei a sensação que é ter Louis ao meu lado, enquanto ele cantarolava baixinho uma música que passava na rádio e uma vez ou outra trocávamos olhares carinhosos e outros com um pouco de malícia.

- Chegamos!

Continua...

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