Angel With a Shotgun

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P.O.V. Lorde Bingley.

Ela parecia ser muito próxima ao Senhor Moreau que soube ser o dono do Teatro.

—Com sua licença, Senhor Moreau, queira perdoar o meu atrevimento, mas como conheceu a Senhorita Carlton?

—Digamos que quando nos conhecemos eu estava preso num monte de escuridão, estava perdido, sem esperança. E então, o bom Senhor me mandou um anjo. Porque ela é um ser magnífico. Ela é um anjo. Um anjo com uma espingarda.

—Uma espingarda?

—É um tipo de arma. Mais eficiente do que uma pistola. Muito mais.

Então, ela apareceu usando apenas as roupas de baixo e marchou para fora. A última coisa que disse antes de sair não fez sentido para mim ou qualquer outro que não o senhor Moreau.

—Eu posso senti-los. Estão aqui. Eu vou sair e dar um fim nisso, vocês fiquem aqui dentro e se afastem das velas.

Num piscar de olhos todas as saídas se fecharam. Simplesmente se fecharam, portas, janelas. As pessoas começaram a entrar em pânico.

Tentaram arrombar as portas, quebrar as janelas. O Senhor Moreau simplesmente sentou-se e começou a tomar um cálice de vinho.

—Não vai ajudar?

—Nada disso vai adiantar. Estamos presos aqui dentro. Não importa quantas cadeiras o senhor atire esta janela não vai quebrar, não importa quanto os senhores chutem, estas portas não serão arrombadas. Mas, o lado positivo, é que... a barreira que nos prendeu, vai impedir que aquelas coisas lá fora nos peguem.

Quando olhei mais atentamente para o lado de fora haviam criaturas horríveis, uma horda de bestas vindo em direção á nós.

—A Senhorita Carlton está lá fora!

—Eu sei. Quem você acha que nos prendeu aqui dentro?

Os sinos de alerta soaram.

—Ela será massacrada!

—O Senhor a subestima.

Então, a senhorita Carlton começou a massacrar as criaturas. De debaixo de suas saias saíam espadas, adagas e ela avançava sob aqueles seres horríveis. Ouvi barulho de fogo.

As chamas das velas foram ás alturas.

—O que é isso?

—Um anjo com uma espingarda.

Ela se movia duma forma que num minuto estava de um lado do campo e no outro, estava na outra extremidade.

—Como ela faz isso? É um demônio!

—Ela não é demônio. É algo bem mais exótico. Ela mata demônios.

De repente, todas as portas foram escancaradas. A senhorita Carlton entra pela porta e ouve-se um tiro. E seu corpo cai no chão.

—Pronto. A criatura demoníaca está morta.

Disse Darcy e o Senhor Moreau retrucou com a voz sem emoção.

—Aproveite enquanto dura.

—O que?

Foi Darcy fechar a boca que ela levantou.

—Atirou em mim? Seu filho da puta!

Vimos a cantora enfiar a mão no ferimento e arrancar a bala fora. No segundo em que a bala saiu... o ferimento cicatrizou.

—Eu salvo as suas vidinhas miseráveis e é isso que ganho em troca? Devia ter deixado os zumbis entrarem e comerem os cérebros de vocês. Vou colocar o vestido de volta.

Quando retornou já estava devidamente vestida, com todas as peças de vestuário.

Os guardas vieram para prendê-la por falta de decoro e ela os matou a todos. Com os dentes. Sugou-lhes o sangue até ficarem secos como folhas de outono.

—Bom, acho que é hora de apagar a memória.

—Apagar a memória?

—Vocês devem estar se perguntando como eu vou fazer isso? Ou como eu matei os zumbis e os guardas? É simples. Eu sou uma imortal sedenta por sangue que é descendente de três das famílias mais poderosas e importantes do mundo sobrenatural. Sou filha de uma híbrida Doppelgganger e um Vampiro Original, eu tenho o sangue do Primeiro Caído e sou neta de uma bruxa malvada. O que me faz, uma híbrida de três criaturas diferentes. Tribrida. E agora vou fazer um controle mental básico para que vocês esqueçam de tudo isso.

P.O.V. Erik.

Ela entrou em suas mentes e os fez esquecer tudo. Os zumbis, o conflito, sua verdadeira natureza, sua história. Mas, é claro que antes disso ela livrou-se dos cadáveres.

—Que tal irmos para casa? Estes bailes são terrivelmente enfadonhos.

—Com prazer, senhorita.

The Phantom Of The OperaOnde histórias criam vida. Descubra agora