Todo o Poder do Mundo!

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P.O.V. Conde Raoul de Chagny.

O Cadáver de meu caro amigo jazia no salão de baile. Todos os presentes estavam chocados.

—Por Deus! A senhora é um monstro!

—Senhorita. E só para o Senhor saber, quando somos jovens nos ensinam a diferença entre um herói e um vilão, bem e mal, um ente querido a ser salvo e uma causa perdida. Mas, e se a única diferença for quem está contando a história? Meu nome é Clarissa Mikaelson. E eu venho de um longa linhagem de vilões das suas histórias. Sou filha de uma híbrida Doppelgganger e um vampiro Original, neta de uma bruxa malvada, descendente dos primeiros imortais do mundo e por acaso eu tenho o sangue do Diabo. Lúcifer em pessoa, o primeiro caído. Ele é meu padrinho. Eu nasci do mal, lutando todo dia para ser boa.

—E obviamente fracassando.

—Porque acha isso? Se eu não tivesse matado este imbecil, o assassino teria. Grande diferença. Além do mais, o senhor está comendo carneiro. Alguém teve que matá-lo para o senhor comer.

—Está mesmo comparando um Senhor respeitável a um carneiro?

—Respeitável? Ah, como você é inocente. Ou inocente ou burro. Ou os dois.

—Não sou burro. A senhorita estava controlando a esposa dele!

—Eu só a compeli a dizer a verdade. É o máximo que eu faço. Se pudesse ouvir o que eu ouço, saberia que ninguém aqui é inocente. Exceto o carneiro.

—O carneiro.

—Ora, pergunte á sua amada esposa. Ela já esteve no meu lugar, literalmente no meu lugar, dentro do meu corpo. Ela viu o que eu vejo, ouviu o que eu ouço, sabe o que eu sei. Não é mesmo, Condessa?

—Sim. Sim é verdade. Porém, eu não sabia que controlar as mentes alheias, sabia que podia ler, mas controlar?

—É claro que não sabia. Porque eu não queria que a senhora soubesse.

Ela olhou para uma das Ladies.

—Cabelo ruivo. Gene MC1R. Como eu.

—Eu não sou nada como a senhorita!

—A senhorita tem o mesmo gene que eu. Só isso. Este gene é uma característica recessiva, é extremamente raro. Infelizmente para nós, pessoas que possuem este gene tem uma menor tolerância a dor. Somos mais sensíveis. Mas, há um lado bem nisso.

—E qual seria?

—Temos os melhores orgasmos.

—O que?

—Oh, certo. Quando fazemos sexo temos mais prazer.

—Oh, por Deus!

—Qual é o seu nome?

—Lady Caroline Bingley.

P.O.V. Erik.

Ela olhou para o Lorde Bingley e para sua outra irmã. Sabia o que ela estava fazendo. Estava analisando o que havia dentro deles.

—A senhorita é uma ocorrência rara. Muito rara. Como eu.

—Como ousa! Eu não sou uma bruxa!

—Ah, os mundanos deste século e seu parco conhecimento. Tudo o que está vivo é feito de células e dentro destas células há algo chamado D.N.A. Ácido Desoxirribonucleico. Metade do seu D.N.A. veio do seu pai e a outra metade da sua mãe. O gene de cabelo ruivo é uma característica recessiva. Portanto, precisa vir em dose dupla para se manifestar. Duas cópias. É possível uma criança nascer ruiva de dois pais de cabelos castanhos, porém o gene tem que existir. Os pais tem que ser heterozigóticos. Como os meus pais. É claro que na minha genética tem toda uma parte mística envolvida e na sua... não.

—Que parte Mística?

—Bom, sangue de vampiro, sangue de anjo, efeito colateral de feitiço que gera Doppelggangers, lobisomens, híbridos, e então tem eu e a minha prima.

The Phantom Of The OperaOnde histórias criam vida. Descubra agora