The Joys of The Flesh

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P.O.V. Erik.

Eu me lembro da primeira vez em que experimentei as alegrias da carne.

Flashback On.

Este é um novo mundo cheio de maravilhas. E sem minha deformidade para atrapalhar-me posso andar livremente e conhecer tudo o que nunca pude. Saímos para tomar café, então depois de um curto passeio retornamos ao apartamento. Ouvi o barulho de água caindo e como não chovia, sabia que era o chuveiro. Não pude conter minha curiosidade.

A porta do quarto estava entre-aberta, ela secou seu cabelo com aquela máquina de vento, escovou-o e estava enrolada numa toalha creme.

Juro que vi um sorriso maroto em seu rosto. Então...

—Vai ficar ai fora, só olhado?

Eu havia sido pego.

—Sinto muitíssimo eu...

—Não sinta. Eu fiz de propósito.

Ela havia deixado a porta aberta de propósito? Sabia que eu a olharia?

—É claro que eu sabia. Você pode ser um "fantasma", mas eu sou uma Tribrida. Ouvi sua aproximação á distância. Te ouvi subir a escada.

Era como se ela estivesse lendo minha mente.

—É porque eu estou lendo a sua mente. Se quiser... vem pegar.

Foi bastante confuso, mas bom. Pela primeira vez pude ver e tocar as partes mais íntimas de um belo corpo feminino.

Confesso que fiquei nervoso, envergonhado já que não sabia o que fazer. Porém ela foi paciente comigo, os lábios doces, a pele macia, os seios fartos de bicos rosados, mesmo com as marcas negras, as runas ela era linda. E pela primeira vez pude sentir o prazer de ter uma mulher em meus braços.

—Clarissa, eu te amo.

—Eu também te amo, Erik.

Não muito depois disso voltamos para mil oitocentos e setenta e um. Um ano após eu ter incendiado o Teatro e quebrado o lustre. E então, nossa filha Clarissa veio.

Clary Mikaelson me ensinou a lutar contra os monstros e demônios da noite, me ensinou a me vingar e me ensinou a amar.

A prova viva de que ninguém é de todo bom. Um ser que alimenta-se do sangue de outros, arranca corações e ainda assim é amorosa, carinhosa e terna. Tão bela quanto um anjo e mais letal e cruel que qualquer demônio.

Senti braços á minha volta, acordando-me daquelas belas memórias.

—Então, sou tão bela quanto um anjo e mais letal e cruel que qualquer demônio? Sou. Pior que sou. Mas, não o tempo todo. Só quando é necessário. Que tal, descermos para tomar café?

—Parece ótimo.

—É. Parece mesmo.

The Phantom Of The OperaOnde histórias criam vida. Descubra agora