Edward IV

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P.O.V. Beverly.

Ela tinha acabado de destruir um exército inteiro e salvar a cidade de Londres de um ataque. Mas, a culpa por ter matado até mesmo os cavalos a consumiu. Melissa chorou a noite toda até dormir.

O problema foi que assim que o dia nasceu, um punhado de soldados e três padres vestindo batinas vermelhas de veludo e colares de ouro puro. Vieram.

—Recebemos denuncias de uma bruxa.

—E acreditaram nas calúnias de uma bruxa?

—Não, rapaz tolo. Recebemos denuncia de que há uma bruxa cá entre vós. Na pensão.

—Mas que bobagem, senhor. Não há bruxas aqui.

O problema foi que o padre viu a Melissa deitada na cama e ela estava com aparência fraca e cansada.

—A jovem está enferma?

—Só cansada.

—Nós vimos os corpos queimados do lado de fora da cidade. Na rua.

O padre começou a examinar Melissa, mas no processo ele a acordou e quando abriu os olhos...

—Demônio! Criatura maligna! A bruxa! Prendam a bruxa! E prendam os outros dois também, por conspiração. Por ajudarem a bruxa.

—Não. Faça o que quiser comigo, mas não machuque meus amigos. Eles só queriam me ajudar.

—Bom, quem diria que se entregaria tão facilmente? Vamos.

—Melissa...

—Vai ficar tudo bem. Eu vou ficar bem.

Ela me abraçou, passou a mão na minha e senti-a colocar algo lá.

—Cuide dele por mim até eu voltar.

Sussurrou no meu ouvido.

—Vamos bruxa!

Os soldados agarraram Melissa e a arrastaram para fora, ela foi sem protestar. A jogaram numa carroça de prisioneiros e eles foram embora.

Eu tinha que fazer alguma coisa, mas não tinha o Poder pra isso, só que acho que conheço alguém que tem.

P.O.V. Melissa.

Estou na Torre de Londres. O lugar onde centenas de milhares de pessoas foram trancadas, torturadas e morreram. O local tem uma energia terrível, pesada. Sei o que é isso. Energia de sacrifício. Centenas de almas presas. Espíritos vingadores.

O torturador veio me buscar e me amarrou num balcão de estriamento. Toda vez que ele girava aquela roda, sabem o que eu sentia? Nada. E ele percebeu isso.

—Pode faz isso o quanto quiser, não vou sentir nada.

Então, ele tentou outros métodos. Afogamento, mas como sou metade vampira e uma filha do Clã Corvinos, não preciso respirar então... não fez muita diferença.

Açoites, mas as chibatadas não penetraram a minha pele.

P.O.V. Beverly.

Amarrei a pedra no pescoço, coloquei a capa vermelha e com o capuz cobrindo meu rosto e a cabeça baixa consegui passar pelos guardas sem problema.

—Eu não a esperava tão cedo.

Quando tirei o capuz, ele ficou claramente decepcionado.

—Sinto muito, mas acho que esperava outra pessoa. Só que essa outra pessoa salvou a cidade ontem e como recompensa... foi presa por uns idiotas da Igreja.

The Phantom Of The OperaOnde histórias criam vida. Descubra agora