Teatro Ópera Populari

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  P.O.V. Clary.

 Viajar no tempo requer alguma preparação, depois de estarmos devidamente vestidos e de eu     ter o que precisava dirigi até um lugar afastado.

—Onde está me levando?

—Você reles mortal, precisa de um portal para viajar. E eu sou a guardiã deste portal.

   P.O.V. Erik.

 Ela parou o veículo e nos embrenhamos mata a dentro, até chegarmos numa caverna, porém... não havia como atravessarmos para o outro lado.

—Não há ponte.

—Os mundanos e o seu parco conhecimento. Aqui está a ponte.

Clarissa começou a caminhar em direção ao precipício.

—Não!

Quando ela pisou, o chão começou a se formar debaixo de seus pés.

—Incrível!

—Segure a minha mão. Se tentar atravessar sozinho, capaz de cair.

Atravessamos e no momento em que chegamos ao outro lado o chão voltou a sumir. Haviam várias armadilhas ao longo do percurso, porém finalmente chegamos.

No interior da caverna, bem no centro haviam três pilares. Um pequeno, um grande e um médio. Olhando mais atentamente haviam marcas circulares em cada pilar e uma espécie de encaixe sob o maior. No pilar central, haviam três pedras e o encaixe.

Clarissa moveu os marcadores de cada pilar e então, tirou o colar com a pedra roxa e colocou-a no encaixe.

Senti uma rajada de energia nos atingindo e logo estávamos nas catacumbas do Teatro de Paris.

—Desculpe. É neste lugar onde a fronteira entre o tempo e o espaço fica turva. Não importa para que época viajemos, se a cidade de Paris for o nosso destino, sempre vamos acabar aqui. Sinto muito Erik. Parece que quebrei minha promessa.

  Disse ela pegando o colar que havia caído no chão.

—Estamos em mil oitocentos e setenta e dois. Dois anos após... o incidente.

Felizmente o Teatro já havia sido reconstruído, restaurado a sua glória anterior.

Paris era linda, as pessoas nas ruas, o sol em meu rosto. Clarissa comprou uma propriedade enorme e a colocou em meu nome, mas seu próximo passo... eu jamais poderia ter previsto.

P.O.V. Clary.

Ele merece isso, Erik viveu nas sombras deste lugar por muito tempo. Este Teatro é o lar dele, eu o ensinei sobre administração, contabilidade, gestão e foi de propósito. De caso pensado. Então, fui falar com os atuais proprietários do Teatro.

—Senhores. Soube que são os atuais proprietários do Teatro Ópera Populairi.

—Sim senhorita.

—Gostaria de comprá-lo.

—Oh, mas que tolice.

—Se virem o que eu tenho para oferecer... talvez não achem tanta tolice.

—Muito bem, jovenzinha. Vamos ao nosso escritório, assim podemos ter mais... privacidade.

Entramos no escritório, o velho asqueroso trancou a porta e então... antes que ele pudesse fazer qualquer coisa... coloquei uma mala sob a sua mesa.

—Abra.

Quando ele abriu, seus olhos só faltaram saltar das órbitas.

—Oh, Mon Dieu! Isto é...

—Ouro. Ouro puro. Tem mais de cem barras ai dentro, é o suficiente para você e o seu amiguinho viverem o resto de sua vida como reis, mas em troca... eu quero o Teatro.

The Phantom Of The OperaOnde histórias criam vida. Descubra agora