Capítulo XV

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Era hora de dar adeus para Oliver e estávamos no aeroporto — eu, Alex, Brian e Emma. Oliver estava vestindo uma daquelas camisetas de turistas que dizia que amava Santa Mônica com o Urso da Califórnia, e uma bermuda bege igual a que Alex tinha antigamente. Antes de Oliver embarcar, ele abraçou todos, deixando Alex por último.

— Louella. — eu abaixei para ficar com tamanho dele.

— Diga, Oli. — ele sorriu envergonhado.

— Isso é pra você. — ele me entregou um envelope branco. — Abra quando estiver sozinha, tudo bem?

— Tudo bem. — sorri. — Obrigada.

— Eu que devo agradecer pelos sorvetes e pelas idas à praia. — sorrimos. — Obrigado, Louella. Até a próxima!

Ele me abraçou com força e eu retribui com o mesmo amor. Oliver foi até Alex e começou a falar algumas coisas que fez os olhos do irmão mais velho brilharem. Eles se abraçaram e Oliver acenou para nós, indo em direção ao portão de embarque.

— Tchau, Pirralho! — gritou Emma e ele riu, mandando um beijo para ela.

Olhei Alex, que deixou escapar uma lágrima de seu olho esquerdo; eu sorri e a limpei.

— Está tudo bem, Carneirinho. — falei e ele sorriu ao me olhar; passou o braço ao redor dos meus ombros e me puxou, abraçando-me forte.

Quando nos soltamos, observei o envelope e o abri, mas Brian me interrompeu, colocando a mão em cima. O olhei.

— Quando estiver sozinha.

Franzi o cenho e fechei o envelope. Fomos para casa com Brian dirigindo e Emma no banco da frente, controlando a música e dançando como louca, o que me fazia rir.

Mas Alex estava apreensivo, magoado, parecia que estava em pedaços. Respirei fundo e o cutuquei. Ele me encarou sem humor.

— Oi. — falei sorridente.

— Oi? — ele respondeu com uma pergunta, esperando que eu falasse mais alguma coisa.

— O que você tem?

Ele apenas negou e aquilo estava me deixando muito brava.

Chegamos à casa de Alex e ele se despediu de todos. Eu desci do carro com ele.

— Aonde você vai? — perguntou Brian.

— Resolver uma coisa. — respondi fechando a porta.

Caminhei atrás de Alex, que entrou e eu o impedi de fechar a porta com a mão espalmada na porta.

— Me deixe entrar.

Ele abriu a porta e a fechou quando eu entrei e analisei a sala. A decoração estava diferente do que costumava ser.

— Caramba, as coisas estão diferentes aqui. — falei sorrindo e olhando para a sala e a cozinha em conceito aberto e toda feita em madeira.

Ele apenas assentiu olhando para baixo.

— Quer um café? — ofereceu indo para o outro lado do balcão da cozinha.

— Não, Alex. Quero saber o que acontece com você.

Ele me encarou enquanto colocava café em uma caneca azul.

— Nada, Lolla. Não é problema seu. — sorriu de canto e colocou-se na minha frente.

— Alex, você é meu melhor amigo e eu quero saber o que está acontecendo pra que eu possa ajudar. — sentei-me na cadeira rodante.

— Lolla, você não pode ajudar. — ele falou dando a volta no balcão e deu um gole no café.

Por Uma NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora