— Ok, calma. — falei tentando entender — É uma prova de conhecimento britânico e tenho que tirar meu passaporte daqui, é isso? — a encarei.
— Isso mesmo. — Christine, a mulher mais linda que eu já vi na vida.
Ela era alta e negra, com cabelos cacheados e pretos, maquiada, vestida de social. Ela era uma das pessoas me auxiliando a tirar a cidadania.
— Posso fazer a prova amanhã? — sorri para ela e ela riu.
— Pode, sim, querida. Venha de tarde que você vai conseguir fazer sem ninguém te atrapalhando.
— Ok. Obrigada, Christine!
Saí de lá sorridente e confiante. Afinal, o que será que poderia dar errado?
...
Atendi ao telefone enquanto entrei no elevador:
— Quem é vivo, sempre liga!
— Eu sempre te ligo, Lolla. — rimos. — Onde você tá?
— Subindo para o apartamento do Isaac. — apertei o botão e sorri. O ouvi bufar.
— Lolla, sai dessa, ele é um resto de aborto. — eu rodei os olhos.
— Taylor, eu sei que você não gosta dele mas eu gosto.
— Lolla, sou seu amigo, você sabe que eu não mentiria pra você. Sei o que ele é.
— Taylor, eu tenho que ir agora.
— Espera! — o elevador apitou e a porta se abriu.
— Eu já ouvi esse discurso umas vinte vezes.
Desliguei a chamada e respirei fundo.
— Isaac? — falei entrando em seu apartamento; ele estava sentado no sofá, mudando o canal da televisão.
— Que?
— Consegui os pontos suficientes pra ficar aqui! — sorri mostrando o papel para ele.
— Legal.
Desanimei.
— Legal? Só isso?
— O que você quer que eu fale?
— Quero que olhe pra mim, pelo ou menos. — ele me encarou e deu de ombros.
— Pronto. Feliz? — e continuou mudando os canais.
Bufei e peguei meus papéis, indo em direção à porta.
— Onde pensa que vai? — Isaac falou alto.
— Embora. Pra onde mais eu iria?
— Você não vai. — ele se levantou.
— Você vai me dar atenção?
— Eu estou te dando atenção. — se aproximou de mim.
— Claro.
Saí e bati a porta. Respirei fundo e fui pra minha casa.
Liguei para Alex quando era oito da manhã do seu aniversário — meia-noite na Califórnia — e ele atendeu no quinto toque.
— Alô? — ele bocejou.
— Bom dia, dorminhoco! — falei sorridente — Estava dormindo?
— Lolla?
— Talvez.
— Por que tá me ligando essa hora?
— Porque é seu aniversário! — falei alto.
— Ah. É. Verdade. Ainda falta um minuto.
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Por Uma Noite
Romance" - O que foi? Eu apenas sorri, o olhando de relance, e olhei para a última carta, que tinha o meu nome escrito. - Uma carta pra mim? - fui abrindo o envelope lentamente, com o coração palpitando de ansiedade. 'Aos cuidados de Louella Lopp Thompson...