Katherine Lestrange foi criada para apenas um propósito e para isso sua personalidade foi moldada cuidadosamente. Uma garota de 17 anos que não sente nenhum sentimento e sequer sabe identificar os sentimentos. Katherine conhece o básico instintivo d...
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Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que diz respeito ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.
Viktor Krum
Havíamos chegado a Hogwarts e eu podia ver a animação dos alunos com minha presença. Era um pequeno incomodo ter conseguido uma fama tão grande como apanhador. Eu amava jogar, mas às vezes isso irritava. Duvidava que alguém agiria normalmente comigo ali. Observei com curiosidade a escola, parecia um daqueles castelos de conto de fadas trouxas ao quais meu irmão mais novo gostava tanto.
Estava muito mais quente aqui do que em Durmstrang então eu e os outros alunos despimos nossos casacos enquanto entravamos no local de refeições e encontros. Vi quatro longas mesas, cada uma decorada com uma dupla de cores e fiquei confuso de onde deveríamos ir por um momento.
Observei o salão amplamente, notando que poderíamos nos misturar com quem quiséssemos quando o pessoal de Beauxbatons se sentou numa mesa com cores azuis, mas algo prendeu minha atenção. Havia uma garota numa mesa decorada de verde e prata, numa das extremidades do salão. Cabelos escuros caindo em ondas suaves pelos ombros e costas, a pele de um tom de suavemente morena que contrastava absurdamente com os tons pálidos da maioria dos colegas. Havia uma área sombria ao redor dela, na forma como ela parecia simplesmente não se importar com ninguém ao redor, muito menos com o garoto loiro a sua frente.
– Vamos para aquela ali. – Indiquei a mesa dela. Andrey seguiu meu olhar e então sorriu maliciosamente observando a garota.
– Interesse pessoal, Vitor? – Questionou e eu dei de ombros. – Mal chegou e já está jogando.
– Talvez. – Os caras ao redor riram enquanto me seguiam. A mesa verde e prata abriu lugar para nós com facilidade e as duas garotas próximas da que chamara minha atenção pareciam prestes a ter alguma sincope. O rapaz com pele muito clara e cabelos mais louros do que deveria ser possível, sentado logo ao lado dela, parecia empolgado além do normal.
Ela nem piscou. Uma conquista, parecia, realmente... Os olhos dela eram absurdamente verdes.
Os garotos ali pareciam querer dizer algo mais a voz do diretor local os interrompeu.
– Boa-noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes – disse Dumbledore sorrindo para nós, alunos estrangeiros. – Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa. O torneio será oficialmente aberto no fim do banquete, agora convido todos a comer, beber e se fazer em casa!
Depois disso as apresentações locais finalmente começaram. Enquanto isso Karkaroff, o meu puxa saco maior, estava numa conversa com o Diretor de Hogwarts. O rapaz a nossa frente se pronunciou. Aquele sentado ao lado dela que parecia claro demais para existir. Cabelos, olhos e pele claros demais... Bem diferente da garota de aparência exótica e atípica para uma britânica.
