Mistérios de Katherine

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Por detrás da alegria e do riso, pode haver uma natureza vulgar, dura e insensível

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Por detrás da alegria e do riso, pode haver uma natureza vulgar, dura e insensível.
Porém, por detrás do sofrimento, há sempre sofrimento.
Ao contrário do Prazer, a Dor não tem máscara.

Katherine Lestrange

– Nem acredito que o Potter entrou no torneio! – Elisa estava indignada – Aquele moleque testa rachada idiota.

– Está passando muito tempo ouvindo o primo de Kate, Elisa. – Anne murmurou de forma levemente irônica sobre o apelido de testa rachada. Aquilo era algo que, de fato, estava frequentemente na boca de Draco.

Elas estavam discutindo por conta dos quatro competidores do Tri-bruxo. Quatro. Não três como fora anunciado originalmente.

A francesa Fleur Delacour;  o bulgaro, Viktor Krum; e os dois de Hogwarts: Cedrico Diggory, um lufano do meu ano, e Harry Potter. A maior parte da sonserina estava rangendo os dentes por conta de Potter, mas eu estava ligeiramente intrigada com a presença de um garoto de quatorze anos num torneio organizado pelo ministério para comportar apenas três maiores de idade. Alguém mais experiente estava sabotando o garoto, era óbvio, e eu pretendia descobrir quem era, pois seria preciso grande conhecimento para armar aquilo.

Possivelmente, magia negra.

Além disso, pouco me importava Potter. Não odiava o garoto particularmente. Ele não significava nada para mim. Uma peça, talvez, como todo o resto.

Estávamos na aula de DCAT com a lufa-lufa. O Professor Moody era no mínimo estranho, eu observava curiosamente. Quando soubera quem lecionaria a matéria esperara mais reação do que aquilo, mas Moody demonstrava surpreendente profissionalismo ao lidar com a filha do casal que enlouquecera os dois aurores que tinham sido pupilos dele.

Não combinava com os boatos sobre sua paranoia e irracionalidade com supostos perigos.

Ele estava nos ensinando sobre como combater magia negra, mas segundo ele tínhamos que conhecer um mínimo de magia negra. Um ideal interessante, todavia digno de Durmstrang. Como Dumbledore deixara aquele homem lecionar aquilo? Em alguns feitiços ele falava sobre as magias negras que realizavam efeitos que podiam ser contidos pela magia que ele ensinava, e ainda ensinava um pouco de artes das trevas.

Não encontrava grande dificuldades na matéria dele. Nenhuma, na realidade.

– Senhor... – Um aluno entrou na sala após uma permissão do professor. Moody o olhou e esperou. O garoto claramente tinha medo dele. – Mandaram chamar Cedrico Diggory para pesagem de varinhas.

Pesagem de varinhas, minha atenção se dispersou para as palavras do garoto e meus olhos focaram em Diggory. Alto, esguio, com um rosto bonito e olhos cinzentos que variavam entre o charme e o mistério suave, Cedrico podia ser considerado muito bonito. Uma das poucas sensações que eu abraçava era o desejo e a atração, mas não tinha sido isso que se mexera no meu amago.

Sentimentos arrasadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora