Inscrições para o Tri Bruxo

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Mãos frias, coração quente

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Mãos frias, coração quente. Provérbio comum a muitos países, o que mostra que a imbecilidade é universal. - Dino Segre

Katherine Lestrange

Foram dias longos os próximos. No café da manha do dia seguinte eu tive que aguentar os dois búlgaros novamente por perto. Elisa e Anne se sentaram comigo e ficaram amigas deles, se aproveitando do fato de Krum não parecer tirar os malditos olhos de mim. Eu me mantive indiferente. Não fazia diferença quem estava perto de mim.

Pelo menos, era o que eu repetia a mim mesma para conter a irritação.

– Então estão no ultimo ano também? – Perguntou o garoto Akulov, ele era mais magro que os outros e era da altura do Krum. Tinha olhos e cabelos escuros, que estavam lisos na raiz e caiam em cachos até os ombros. Bonito, mas pelo brilho predatório nos olhos dele... Eu tinha certeza que ele tinha absoluta noção disso e usava a bel prazer.

– Sim, estamos. – Elisa respondeu com um sorriso bonito para ele. Jogando charme, obviamente. Eu revirei os olhos e tomei o suco de limão calmamente. Eu não tomava abobora como a maioria, o gosto me enjoava, preferia limão com muito açúcar. – Nem eu e nem nenhuma outra menina do nosso ano, pelo menos da sonserina, vai se inscrever.

– Realmente ser uma pena. – Krum disse dando de ombros – Serria interressante terr vocês na competição.

Contive a vontade de rir, era patético o quanto Vitor Krum errava o inglês mais simples. Um jogador de quadribol tão famoso e tão renomado não conseguia conjurar o verbo ser e estar corretamente. Contive o desdém.

– Nenhuma de nós tem vocação para isso. Não somos grifinórias. – Anne respondeu rindo. – Não nos denominamos corajosos e com crise de heroísmo estupidas. A Glória eterna certamente é um ponto interessante, mas... O senso de auto-preservação da maioria de nós supera esse concurso.

Ergui os olhos e me lembrei das palavras de Draco enquanto fitava os olhos negros do Krum, que sempre estava me encarando. Eu não sentia, eu apenas ia adiante até poder cumprir com os objetivos pelos quais fora concebida. Não tinha motivos para viver e nem sentia nada, mas eu tinha vontade contida de sentir. Uma curiosidade quanto a isso. Queria saber o que era a emoção, a raiva, o medo, a angustia e o desejo. A antecipação e a emoção. Por isso dei aquela resposta.

– Eu não sou grifinória, mas irei me inscrever – Falei com frieza típica e característica de mim. Os olhos de Anne e de Elisa se esbugalharam em minha direção e Krum deu um meio sorriso.

O discurso delas fora estupido. Sonserinos poderiam com frequência assumir riscos como o tribruxo se eles almejassem notoriedade. E sonserinos tinham diversas ambições.

– Ansiosa pela emoção? – Perguntou animado. Os olhos dele pareciam conter um desafio.

– O que é ansiedade? – Retruquei simplesmente, ele franziu as sobrancelhas e Akulov me olhou como se tivesse duas cabeças. – O que é emoção?

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