Capítulo 5

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Observo os olhares das funcionárias pousarem sobre nós dois. Will aparenta não estar incomodado apenas me conduz para fora do prédio, segurando a minha mão na sua. Ele está um pouco gelado. Será nervosismo? Mas Will esta calmo e aparentemente paciente comigo. E por esse momento ele demonstrou afeição por mim em público.

--Aonde você gosta de comer? -- Ele me pergunta analisando as opções. Estamos na calçada.

-- Will. Não precisa fazer isso. É sério. -- Largo a sua mão. Ele me olha intrigado. Não aguento ficar tão perto dele assim. Irei me meter em encrencas se continuar com isso.

-- Do que está falando?  -- pergunta boquiaberto. Will passa a mão por seus cabelos castanhos cheios.

-- Disso. -- aponto para nós dois. --Tentando ser legal comigo. Qual a sua intenção? Eu realmente não quero. Para depois você falar que foi apenas um erro.

-- O que? --murmura ele.

Balanço a cabeça nervosa. Will é um ótimo jogador e eu não tenho a menor chance.

-- Não quero ouvir isso novamente.

E vou embora. Tento não tropeçar nos meus próprios pés. Estou praticamente correndo dele. Por favor não chore. Por favor não chore.

--Sarah!? -- Will caminha do meu lado. Como ele faz isso? Paro. Ele da um sorrisinho, ergue as sobrancelhas e um olhar faminto surge. -- Não vai se livrar de mim tão cedo, Sarah.

-- O que você quer? - pergunto confusa. Ele me olha pacientemente.

--Ser seu amigo. -- Ele da um sorriso cafajeste e suas covinhas surgem.

-- E se eu não quiser?

-- Vou ficar no seu pé.

--Tá. Tabom. -- digo impaciente. Ele segura a minha mão novamente.

--Tem um parque aqui perto. Vamos. Você está muito pálida.

Ah, ele notou. É isso que você faz comigo. Penso. Caminhamos devagar no meu ritmo, por algum acaso, Will está paciente. Tento me acalmar enquanto andamos.

--Porque você achou que iria rejeitar você. -- pergunta atravessando a rua comigo. O parque ja está perto. Já consigo vê-lo. Engulo em seco. Não se atrapalhe.

-- Você ja fez isso várias vezes. -- dou os ombros. Ele me encara rapidamente. O vento está forte, balançando meu cabelo. Will da um sorrisinho satisfeito. Me viro para olhar o parque. Chegamos. Mordo o lábio. O que vamos fazer?

--Chegamos. -- anuncia ele.

--Faz tempo que não venho aqui.

--Falta de oportunidade?

-- Vontade. Não me lembrava que ele é tão bonito e calmo.

--Tirando os gritos das crianças. -- Will zomba.

-- E o latido da cachorros. -- completo. Ele da um sorriso me derretendo toda.

--Está querendo me fazer mudar de idéia? -- murmura ele. Dou os ombros. Will avista um carrinho de pipoca. --Espera aqui.
 
E sai. Vejo um banco vazio debaixo de uma árvore que fica perto do lago. Apenas a passarela que nos separam dele. Vejo as crianças caminhado com os pais e outras brincando. Fico feliz por elas de imediato. Ter pai e mãe que os amam. Sorte deles. Sorrio.

-- As vezes quero saber o que você pensa. -- Will volta com um saquinho de pipoca. O encaro surpresa. --Trouxe para você.

--Obrigada. -- Ele sorrir. Vejo em sua mão um anel prateado com uma pedra azul quadrada. --Eu acho bonito. Ter uma família.

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