Capítulo 3

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Sento na banqueta e apoio meus braços no balcão. Tudo estava cheirando a álcool. Sinto vontade de ir embora. Minha consciência alerta o quanto é perigoso fazer isso sozinha.

--Me dê uma vodca por favor. - peço ao barman. Ele sorrir e me entrega um copo. - Obrigada.

Bebo um gole e sinto a bebida queimar minha garganta. Tusso. Que vergonha.

-- Beba devagar. -o barmen aconselha. Assinto. Tomo novamente. Desceu melhor. Mas respiro com dificuldade. Noto os olhares dele nos meus seios. Ele desvia e olha nos meus olhos.

-- Obrigada. - Agradeço. Até beber eu não sei. Tomo mais um gole.

-- Primeira vez que bebe?

Assinto.

--Imaginei. Depois acostuma com essa queimação. Tenho uma boa para você.

Ele se vira e depois me trás uma bebida cor de rosa. Ele me entrega. Cheiro.

-- Não tem droga não, né?

Pergunto envergonhada. Não acredito que falei isso.

-- Não fica tranquila.

Beberico. O gosto é bom. Tomo mais rápido.

Ele sorrir e sai. Peço mais um pouco dessa bebida. O barmen me entrega sempre com um sorriso safado estampado no rosto. Tenho que me lembrar de como voltar para casa. Olho em volta e o bar parece encher cada vez mais. Peço mais um copo de vodca. Preciso de uma bebida mais forte. Ainda lembro das merdas de hoje. De tudo. Que droga. Sinto minha cabeça girar um pouco. Pisco desorientada. Olho para a tela do celular.

São dez e vinte. Hora de ir para casa. Levanto e cambaleio um pouco. Minha mente rodopia. Passo a mão na testa. Não devia ter bebido tanto assim.

-- Ei. - O barmen vem até mim, segurando meu braço.  - cuidado. Não vai sozinha.

--Não estou sozinha. - tenho dificuldade para falar. As palavras se enrolam.

Ele se aproxima de mim mas o afasto. Saio do bar e fico do lado de fora esperando um táxi passar.

-- Eu te levo. - o barmen, se aproxima. Ele esta com um sorriso safado no rosto. - estou de carro.

--Não quero. - recuso. Volto a olhar para a rua. Preciso ir embora. O mais rápido possível. Cruzo os braços para me esquentar do frio.

-- Estou muito a fim de beijar você. - Ele está na minha frente. Seus olhos me analisam.

--Esta? - pergunto distante. Ele coloca as duas mãos no meu ombro me segurando.

-- Estou. Gostei de você. - Ele sorrir.

-- Ai meu deus. Gosta? - falo assustada. Ele se inclina para me beijar. - Não quero.

Viro o rosto, tirando suas mãos de mim.

-- Só um. - ele me segura meus braços com força. Tento sair.

--Não... por favor.  - balanço a cabeça que gira mais. - Não!

Grito. Ele me segura com tanta força, que meu braço dói. Inclina o rosto para colar nossas bocas. Mas algo o atinge. Ou melhor alguém. O barmen me solta caído no chão. Levanta  cambaleando para trás. Will esta na minha frente com uma cara nada boa.

-- Ela disse que não. -- Will grunhe --Você não ouviu?

-- Não é da sua conta cara. - o barmen fala vindo na minha direção. Will me afasta me colocando para trás. William o pega pelo pescoço e quase o ergue do chão.

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