Escuro Destino.

Capítulo 11

O meu dia começou muito estranho
, Will está na minha cama e dorme tranquilamente. Ainda tenho uma camiseta dele aqui, que o próprio esqueceu e coloquei para lavar com as minhas roupas. Ontem Will me ajudou de uma forma que não consigo explicar. Ultimamente ele tem feito muito isso, mesmo quando é um idiota. O alerta da minha cabeça soa e me lembro que ele não vai tentar algo sério comigo. Eu estava começando a ter esses tipos de pensamentos, em relação a ele e quando penso que Will não me surpreende mais, acaba provando o contrário.

Levanto da cama e vou tomar um banho. A água gelada, me faz desperta mais depressa, eu iria precisar.  Escuto Will se mexendo na cama e saio do banho, me enrolando na toalha rapidamente. Eu não esquece que o vi apalpando uma mulher na praia. Não sei se ele me viu, mas eu concerteza sim.

-- Achei que estivesse tomando banho ainda. -- Will entra no banheiro, atordoado. Sorrio.

--Não. Já terminei. -- falo docemente. -- Você vai banhar?

-- Sim. Daqui vou ao trabalho. -- ele diz.

O deixo sozinho no banheiro e vou me vestir. Visto calça jeans e camiseta manga longa de algodão, com um decote comportado. Hoje o dia está frio.
Arrumo meu cabelo e me encaro no espelho, estou pálida e minhas olheiras profundas.
Passo corretivo e pó compacto, blush e um batom rosado claro. Olho ao fundo e Will está me observando encostado á porta com os braços cruzados sob o peito.

-- Você deve sair daqui. O quanto antes. -- Will diz.

-- Vou morar com Megan. Admito que me despreocupei com a procura do apartamento. Mas vou procurar.

-- É você que vai passar por esses estresses. O interesse tem que partir de você.

-- Você tem razão. -- digo. -- Eu só fiquei com medo de não ver mais o meu pai...

-- Você está usando desculpas para não sair.

-- O que!?

-- Você ja viu que seu pai prefere a esposa. Ele não vai mudar de ideia.

-- Tem razão. -- sussurro baixo. Will tem e ele sabe. Estava sendo muito infantil.

-- Tudo é uma questão de escolha.

-- Escolho o melhor pra mim. - murmuro. -- Eu vou sair daqui.

-- Repita isso, quando for procurar um lugar para você ficar.

--Acha que não vou conseguir?

-- Só quero que tenha coragem suficiente pra isso. Você precisa criar asas. Já está na hora, Sarah.

-- Obrigada, Will. -- digo; vou na sua direção e o abraço. -- Por tudo.

Ele acaricia minhas costas, e seus dedos deslizam e param na minha cintura.

-- Se você me desculpar antes.

-- Tudo bem.

Escuto seu sorriso e logo me desvencilho dele.

-- Estou atrasada. Tenho que ir.

-- Eu te levo. -- ele diz. -- Só preciso da minha chave e carteira.

--Não vai passar na sua casa antes. Para se trocar?

-- Não. Vou mandar comprarem algo pra mim.

-- Tudo bem.

Pego minha bolsa e coloco no ombro.

-- Não vai tomar café? -- Will questiona.

-- Não tomo café em casa. Só no trabalho.