Capitulo 1

45 7 1
                                    

Por julgar como meu dia está começando, devo deduzir que vai ser difícil. Estou muito atrasada o que quer dizer que levarei uma bronca do meu chefe logo pela manhã. Que ótimo. Eu preciso muito desse emprego, uma das razões, é não depender do meu pai para nada, muito menos da sua esposa Margareth. Eu nunca vou entender como minha mãe nos abandonou para viver com um cara estupidamente ridículo, um jogador de beisebol que joga mal á beça e que está sempre viajando, na esperança que um grande time lhe contrate. Ridículos. Meu pai se esforçou muito para me criar, como filha única acabei ficando com as tarefas domésticas para ajudá-lo enquanto ele trabalhava. Mas o terrível dia chegou, ele me disse que estava muito feliz e contente por conhecer uma mulher linda e incrível, que não imaginava que poderia amar novamente outra mulher depois da minha mãe. Nesse dia eu chorei muito com raiva dessa mulher que me colocou no mundo e me abandonou como se fosse um lixo qualquer, que você cansa e o joga na rua. Eu não queria outra pessoa na nossa casa participando da nossa rotina e fazendo parte da nossa família. Então ela chegou para o jantar e foi muito simpática e amorosa. Nojenta. Depois que veio morar conosco se mostrou uma pessoa totalmente diferente para mim, eu a passei a odiá-la profundamente e minha mãe também por ter partido, porque se ela continuasse aqui, ainda seriamos uma família e Margareth não entraria em nossas vidas. Então decidir trabalhar para não depender de ninguém, e depois que fiz dezoito anos deixei que Margareth não, me manipulasse como fazia. Meu pai ainda está loucamente apaixonado por ela, pois já estão juntos a muito tempo.

Tranco a porta do meu quarto e desço, espero mesmo pelo bom Deus em não cruzar com Margareth hoje.

--Sarah. - Ela grita por meu nome da cozinha e pela minha má sorte hoje, devo deduzir que ela quer falar comigo. Respiro fundo e endireito a postura para ir ao seu encontro na cozinha. E lá está ela, tomando café em uma caneca e com panquecas. O cheiro está muito bom e meu estômago embrulha de fome, não havia tomado café e ela estava assim, na nossa cozinha agindo como se fosse dela.

--O que você quer? - Digo apressada e rude.

--Que menina mal educada. -Franze o cenho e reviro os olhos, ela já está acostumada com o modo em que a trato e ela também, mas quando meu pai está por perto, ela até dá uma melhorada. Pura falsidade. Cretina.

--Estou atrasada. Cuida.

Ela me entrega um papel branco. Abro.

Ovos

Leite

Arroz

--O que é isso? -Pergunto incrédula. Margareth sorrir e beberica seu café.

--Lista de compras bobinha.

--Eu vou trabalhar hoje, ainda não se tocou nisso?

Pergunto irritada para ela, que não dá a mínima para o que estou falando.

-- Mais vai trabalhar até as cinco, certo?

Faz uma cara de acusação para mim, seus cabelos loiros tingidos e sua pele bronzeada artificialmente me dão ânsia de vômito, ela é bonita e entendo porque meu pai gostou dela logo de cara.

--O que isso tem haver?

--Passe no supermercado depois do trabalho, Sarah. - Ordena. Como se mandasse em mim.

--Você passa o dia todo em casa tem o dia livre. Não vou fazer.

Coloco o papel que ela havia de dado em cima da mesa, e me viro para sair.

--Vou sair hoje, para arrumar minhas unhas e depois os cabelos.

Ela fala como se fosse a coisa mais importante do mundo.

Escuro Destino. Onde histórias criam vida. Descubra agora