Capítulo 3

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        Peguei o microfone com total segurança e convicção

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Peguei o microfone com total segurança e convicção. Essa noite era minha. Esse clube é meu. Não mantive o olhar com Christopher, não podia. Eu não sentia mais nada por ele, era passado. O público estava surpreso e os flashes me cercavam por todos os lados. Quem diria, Kristen Lawrence, a garota invisível ganhando notoriedade. Cômico. A euforia que incendiava o meu corpo de dentro para fora me enlouquecia. Nunca fui boa para falar a público, mas teria que ser boa agora. Era o meu momento e eu precisava mostrar que não era uma filhinha mimada, que tinha os meus princípios e seriedade. Olhei rapidamente para a cortina e vi Noah atrás dela, me lançando um olhar de apoio e de encorajamento, com certeza iria precisar disso. Nunca tinha experimentado a sensação do poder, mas nesse instante eu provei e pode ter certeza, não existe sentimento mais revigorante do que este.

— Senhoras e senhores — comecei, com uma voz culta e refinada. — É um enorme prazer recebê-los essa noite no Last Night. — mantive o sorriso ensaiado nos lábios cobertos por um batom discreto e sofisticado. — Foram vários dias de especulações sobre quem seria o dono, o termo dona não foi muito usado para levantar nenhuma suspeita, mas aqui estamos, o clube sob o comando de uma mulher. Os jornalistas com o senso ultrapassado de machismo perderam uma boa hipótese para conteúdo. — alfinetei e recebi outra salva de palmas. O som uníssono de indignação se fez presente. Vi Peter e a sua cara de choque, nem piscava. Com certeza eu era a última pessoa na face da terra que ele pensara ser a dona daqui. — Esse clube, antes de me pertencer era considerado o mais renomado de Los Angeles, mas com certeza o título se fazia mais ao nome do que de fato o lugar. Se me permitem dizer, já trabalhei aqui e sei muito bem que o título dado não fazia, nem de longe, jus a nomeação. — mais som de indignação e aumento de flashes se fizeram. — Mas agora é diferente, esse clube vai de fato, ser o melhor clube de Los Angeles. Agora ele se encontra em mãos competentes e não amadoras.

Uma ensurdecedora salva de palmas ecoou por toda a parte. Christopher me encarava, perplexo com tudo o que estava acontecendo.

— Bom — continuei. Haviam coisas para serem esclarecidas. Como ela trabalhou no clube e agora é dona dele? Várias especulações poderiam ter sido feitas. Não queria contar que David era meu pai, mas uma hora ou outra seria descoberta. A mídia não iria descansar enquanto não soubesse tudo ao meu respeito. — Meu pai foi quem comprou o clube. — anunciei, com a voz a ponto de falhar por um triz, mas mantive firmeza. — Mas ele não se encontra mais entre nós. É óbvio que todos os conheciam. David Hayes era muito conhecido. — Pronto. Os flashes se triplicaram. — Mas isso não importa mais. — encerrei — O que importa, é que vocês estão dentro do melhor e maior clube de Los Angeles. Digamos que englobamos um pouquinhos de Vegas na área de jogos. — A satisfação de todos era evidente. — Mas isso tudo não foi apenas planejado por mim, mas também pelo meu melhor amigo e fiel parceiro... Noah Keller! — o anunciei. Ao olhar para a cortina, eu o vi intrigado por ter dito o seu nome, isso não fazia parte do plano. Ele entrou todo cheio de pose para o palco. Elegância sempre seria o seu sobrenome. Todos foram a loucura e as palmas ainda mais altas. As câmeras surtaram em cima de nós. Noah me abraçou e disse "não precisava me dar crédito algum, o esforço foi seu" no meu ouvido.

Esse Garoto é o Caos Vol.2 [CONCLUÍDO] Onde histórias criam vida. Descubra agora