Esse Garoto é o Caos Vol.2 [CONCLUÍDO]

Capítulo 20

KRISTEN

Meu corpo ainda estava dolorido, mas estava bem. Nada que eu não pudesse seguir em frente. Eu precisava seguir em frente. Mas antes, me certificaria de que Troy se ferrasse. Não sei bem como iria fazer isso, mas era necessário. Necessário para a minha paz de espírito. Nada me faria mais feliz do que saber que nunca mais o veria. Não importa as circunstâncias. Troy não faz falta nenhuma a terra e nem para ninguém.

Jason estava sendo um amor comigo. Atencioso e cavalheiro. Era um amor na verdade. Me ajudou a levantar, a me deitar... tudo. Menos no banho. Não tínhamos uma intimidade tão ampla ainda. Nunca ultrapassamos as linhas da intimidade. Jason era atraente e muito sexy. Desejo por ele nunca seria um problema. Sua pegada é monstruosamente gostosa e seu beijo é eloquente. Mas na maior parte do tempo ele passa bancando o cavalheiro e o bom moço. No fundo eu sei que ele é mais do que isso. Já flertei com ele uma vez sem compromisso e foi quente.

Não contei para ele o real motivo de estar machucada. Tenho certeza de que se envolveria nessa bagunça toda e já tem bastante pessoas envolvidas nisso. Não preciso de mais. Ontem Noah quase matou Troy. Christopher está investigando. Os dois não me colocam a par de nada. Preferem que eu fique segura no meu mundinho dramático. Só que não é assim que funciona. Para Jason, contei apenas que houve um acidente no clube. Uma mulher queria que eu demitisse uma funcionária porque segundo ela, a garota estava dando em cima do marido dela, mas era óbvio que o marido era quem estava dando atenção demais a funcionária e ao recusar a fazer o que me pedia, a mulher endoideceu e me agrediu. Essa era a história que Jason sabia.

— Deixa eu te ajudar. — Jason levantou imediatamente da poltrona quando me viu tentando levantar da cama. Uma das suas mãos foram nas minhas costas e a outra segurou a minha mão.

— Obrigada. — agradeci com um sorriso. Jason era um namorado protetor e eu... uma namorada traidora. Comecei a sentir uma pontada de culpa quando o vi sendo tão cuidadoso comigo.

Estava com a minha camisola, um vestido de cetim fino e de cor rosé, e ele também me ajudou a vestir o robe. Totalmente cauteloso e cuidadoso. Eu era uma pessoa horrível. Disso não tinha dúvidas.

Ele caminhou comigo até a enorme sacada do meu quarto e após me auxiliar para me aconchegar em uma das poltronas, sentou-se na outra ao meu lado. Não precisava de tanta ajuda excessiva, mas o médico disse que seria de extrema necessidade que evitasse qualquer tipo de esforço se quisesse uma recuperação mais rápida. E eu queria.

— Deveria processar aquela mulher. — ele ainda estava injuriado com isso. Achando um cúmulo. Era até engraçado o jeitinho dele de ficar puto e por outro lado, era extremamente sexy. Sério.

— Já te disse. Ela saiu bem pior do que eu. Quase que ela é quem pode me processar. — brinquei um pouco para descontrair e evitar tocar em tal assunto. Mentir era péssimo. Mas nesse caso, necessário.