Alguns anos depois...
KRISTEN
— Taylor, vamos nos atrasar para o casamento. Não demore, meu anjo. — avisei, esperando ao lado de Christopher no hall da nossa casa em Los Angeles. Estávamos aqui temporariamente para ir ao casamento do Christian e da Header.
— Está bem, mamãe. Não vou me atrasar. Só preciso achar o meu videogame. — respondeu, fazendo um barulho ao mexer em alguma coisa.
— Vai levar o videogame para o casamento? — franzi o cenho, contrariada. — Não acho uma boa ideia.
— Ah, mamãe, eu preciso ter algo para fazer enquanto os adultos ficam conversando. — protestou, fazendo manha.
— É saudável conversar e brincar com as outras crianças, sabia disso? — coloquei uma das mãos na cintura.
— Amor — Christopher colocou as mãos na minha cintura, me abraçando por trás. Seu perfume logo se fez notar. —, relaxa. É só um videogame.
— Ele só tem quatro anos, Christopher. Não se esqueça disso. — me aninhei em seus braços, ainda esperando pelo Taylor. — Tão novo e não larga esse videogame.
— Daqui um tempo ele vai perder o encanto. Você sabe que o Taylor é assim. Usa até enjoar e depois larga de canto. — me lembrou, acariciando o meu braço.
— É, você tem razão. — concordei, refletindo melhor. Taylor era assim mesmo. Brincava com alguma coisa e depois enjoava.
— Mas agora — me virou para ele, que estava encantador com aquele terno, que com certeza iria tirar com muita engenhosidade mais tarde. —, como está a nossa pequena Kate? — tocou a minha barriga que estava enorme. Iríamos ter uma filha. Uma linda menina. Talvez seja Loirinha igual ao Taylor, que puxou isso de mim. Provavelmente teria os olhos azuis e quem sabe, covinhas.
— Ela está bem. Muito agitada. — contei, deslizando as mãos por cima das de Christopher.
Tomei uma boa ideia de insistir em Taylor, pois bastou Christopher assistir uma série na Netflix para cismar com o nome Kate. Mas desse eu gostei. Christopher nem cogitou colocar Anne, acabou até nem gostando do nome.
— Já disse que você fica linda grávida? — sorriu para mim.
— Hum, só todos os dias da semana. — ri e ele também.
— Bom, não posso evitar. A gravidez lhe cai muito bem. — brincou e me roubou um beijo.
O meu celular vibrando quebrou qualquer clima que estivesse rolando. Era uma mensagem de Noah.
— O que foi? — Christopher perguntou.
— Noah já está chegando. — guardei o celular na pequena bolsa preta. — Eles se atrasaram porque Samuel havia perdido o celular em algum lugar.
— Estava com saudade deles, não é? — me questionou, com um olhar compreensivo. Nesses anos que estamos casados, a nossa conexão só melhorou.
— Bastante. — confessei — Eu sei que viajamos juntos tem uma semana, mas qualquer tempo longe deles é muito.
— Então vai gostar de saber que convidei Noah para passar uma temporada na nossa casa de verão. — revelou, bem confiante.
— É sério? — abri um sorriso largo — Que excelente ideia, meu amor.
O abracei bem acalorada e empolgada, tendo bastante cautela devido a gravidez. Com uma das minhas mãos em sua nuca, eu o beijei. Já estava tão acostumada com o cheiro do seu perfume, parecia até natural da sua pele. Estar casada com Christopher foi a melhor decisão que tomei. Éramos felizes e o casamento nunca esfriava, sempre estávamos viajando, conversando e fazendo planos. Um pigarro forçado nos fez parar e olhar para trás.
Taylor.
Um pequeno ser de gravata, fios loiros e olhos azuis nos observava. Com o seu videogame em mãos, nada mais o impedia de aturar esses eventos que ele odeia. Seu olhar naturalmente pentelho estava direcionado a nós.
— Agora sim, podemos ir. — balançou o pequeno aparelho em suas mãos, despreocupado.
— Até que enfim. Achei que não íamos mais a esse casamento. — expressei, rindo da carinha dele.
— Bem que eu queria. — confessou o pequeno — Só me interessa a parte do bolo e dos doces.
— Vem cá, filho. Precisamos ir. — Christopher estendeu a mão enquanto ria do comentário do loiro e Taylor, praticamente correu e a segurou. Ele adorava o pai e o via como um herói dos desenhos animados.
— Está ficando tarde. Vamos. — falei, caminhando em direção a porta, com Christopher dividindo suas mãos, com uma na minha cintura e a outra segurando na mão do nosso filho.
Faltava pouco para o casamento começar. A ironia era que os noivos foram namorados quando mais jovens e agora iam se casar, seis anos depois de terem ficado um longe do outro. As vezes é incrível a sintonia das pessoas.
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Esse Garoto é o Caos Vol.2 [CONCLUÍDO]
Romance[SEGUNDO LIVRO DE ESSA GAROTA É O CAOS] Ele não consegue esquecê-la. Ela não é mais a mesma. Nunca passou pela cabeça de Christopher Harvey se apaixonar pela loira que ocuparia o apartamento de cima. Nada mais importava para ele, além de festas, be...