Após superar um passado marcado por perdas, Hannah encontra em Sofia, sua sobrinha, a força para seguir em frente. Ao conquistar uma vaga no Tribunal de Justiça de Pernambuco, ela busca construir um futuro mais seguro para ambas.
No entanto, seu cam...
Theo e eu entramos no prédio para mais um dia de trabalho, ainda exaustos da noite anterior. Tínhamos discutido até altas horas sobre a estratégia a ser adotada no caso do ex-governador Fábio. Theo insistia em que precisássemos nos isolar por quinze dias antes da audiência, e eu, embora relutante, concordava com ele, especialmente após a última ameaça que recebemos pela manhã.
— Lucas, precisamos resolver essa situação — disse Theo, entrando em minha sala. A mesa estava uma bagunça repleta de papéis.
— Esse caso é importante. Algo não está certo. Como conseguiram aquelas informações confidenciais de novo?
Ele passou a mão pelos cabelos, os fios já grisalhos, em um gesto de frustração. Eu entendia sua preocupação. As ameaças contra minha mãe me deixavam paralisado.
De repente, ouço uma batida na porta.
A porta se abri, interrompendo nossa conversa, O senhor Luís entra acompanhado de duas jovens. Olhos grandes e brilhantes, chamam a minha atenção e um lindo sorriso singelo me intriga.
Nossos olhares se cruzaram, e por um breve instante, sinto uma faísca percorrer meu corpo. Uma sensação estranha, considerando que acabo de conhecê-la.
— Promotor Rodrigues, deixe-me apresentar Mia Castro, que será assistente do promotor Lopes, e Hannah Oliveira, que será sua assistente — disse o senhor Luís.
— Muito prazer senhorita Oliveira — a cumprimento, após a outra assistente.
Havia algo magnético em Hannah, seus olhos, me hipnotizam.
Sinto uma estranha sensação, uma ligação inexplicável, uma antiga melodia adormecida despertando em minha mente.
— Senhor Rodrigues, dona Arlete vai ajudar ambas a se adaptarem. Espero que tenha paciência — o senhor Luís me alerta sutilmente, já conhecendo bem minha fama que precede os corredores do TJPE. Eles se despedem, deixando apenas Hannah e eu no escritório.
— Então, senhorita Oliveira, vamos começar? — a pergunto. Ela sorri, concordando sem emitir nem um som dos seus lindos lábios.
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