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Hannah

Coloco a mão sobre o peito para ver se meus batimentos desaceleram um pouco. Começo a me questionar o que foi que acabou de acontecer?

Um beijo era o que eu queria quando fechei os olhos. Se ele me desse o que tanto pedia em meu íntimo, sei que corresponderia.

Só posso agradecer à sua namorada por nos interromper nesse momento, porque já vi que perco a razão perto desse homem.

Nunca na minha vida pensei que sentiria algo por um homem comprometido e ainda por cima passaria por essa situação. O que me resta é fingir que não sinto nada pelo meu superior, tentar ao máximo sobreviver ao lado dele e da sua namorada, porque, ele é um perigo.

Ela já mostrou quem é e não posso começar uma inimizade com ela, tendo trabalhado apenas algumas horas. Respiro fundo, voltando para os papéis em minha frente. Preciso trabalhar.

Foi para isso que tanto lutei e estou aqui hoje.

Começo a ler os processos, a me inteirar sobre eles. Volto a mexer no computador, analisando e aprendendo como opera o sistema.

Sempre que tenho dúvidas, consulto as anotações que fiz.

Volto ao trabalho, tentando esquecer o quase beijo com um certo ruivo.

...

Depois de algum tempo, perdida nos processos tomo um susto quando meu celular começa a tocar de alguma forma um medo me paralisa momentaneamente ao ver que o número da escola de Sofia.

Mesmo com as terapias que tenho feito hesito ao atender ao telefone tento lembrar que a psicóloga Thaylani falou preciso pensar positivo não vou receber uma notícia ruim ao atender telefone como foi há dois anos.

Lembro da minha princesinha é o que me dá coragem para atender o celular mesmo sentindo o coração querendo sair pela boca.

— Alô, senhorita Oliveira.

— Sim, é ela. Quem é?

— Sou a diretora da escola onde sua filha estuda e preciso que a senhora venha o mais rápido possível para a escola.

— Posso saber se ela está bem?

— Sim, na medida do possível podemos dizer que está bem, mas prefiro conversar com a senhora pessoalmente. — Ao telefone, peço inutilmente que me adiante alguma informação sobre Sofia, sem resposta, nervosa, sem pensar muito, pego minha bolsa e vou correndo para a escola, deixando tudo para trás.

...

Ao chegar à escola só conseguir pensar em ligar para Diego ele junto a Mia, são as duas pessoas que mais confio. Como não poderia sair eu e ela por ser o nosso primeiro dia pensei somente nele que nesse momento está me aguardando encostado o seu carro e assim que estaciono Sebastiana ele se aproxima de mim de frente da escola de Sofia.

Corro para seus braços tremendo de medo o abraço de irmão que me faz sentir sua força acalma um pouco.

— Vai da tudo certo Hannah. Calma e saiba que estou aqui — ele tenta me passar palavras de conforto e calma que não sinto no momento.

— Aí, Di sabe a luta que foi para ela ficar na escola hoje e não foram tantas horas assim e já me chamarem, sinceramente estou com um medo enorme do que vou encontrar — falo desabafando o medo que tenho.

— Já te falei mil vezes e vou repetir. Você é a mulher mais forte que conheço e a irmã que nunca tive, eu e aquela sua amiga pimenta estaremos sempre ao seu lado sabemos o que você passou não vai ser agora que você vai fraquejar. Então pare logo de agir dessa forma e volte a ser a mulher que admiro mais que tudo Sofia precisa dessa sua força nesse momento — entramos juntos na escola e mais uma vez tentando me fazer de forte.

Meu Recomeço - 2° EdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora