Nathan Reynolds
Quando chegamos na festa, as meninas foram direto para a pista e não conseguia tirar meus olhos da Alex desde que ela começara dançar. Observava cada movimento que fazia e por um momento me perdi no seu sorriso e nas curvas do seu corpo.
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo ultimamente. Não era a primeira vez que me pego pensando nela ou a admirando. E não estou falando só da beleza, mas sua energia, bondade, espontaneidade, sua autenticidade. Tudo. Até seu sarcasmo exagerado e fora de hora ou a sua facilidade de se irritar com as coisas.
Sorri, sem perceber e Ben me cutucou.
- No que está pensando? - Ben disse rindo e eu assenti.
Passei a mão na nuca, sem graça.
- Nada, por que? - Menti.
- Nada? E essa cara de bobo aí, é o que? - Franziu a testa.
- Não inventa coisas. - Revirei os olhos.
- Faz tempo que você age assim, sabia?! - Ben disse, rindo.
- Assim como? - Me assustei.
- Como um bobo apaixonado. - Gargalhou.
- Apaixonado? - Ri. - Por quem? Você está maluco, só pode. - Neguei.
- Você sabe muito bem por quem. - Ele apontou com a cabeça para as meninas adiante.
- Somos amigos. - Revirei os olhos.
- Nada impede. - Deu de ombros.
- Não estou apaixonado pela Alex. - Bufei.
- E quem disse que era pela Alex? - Ele sorriu como se tivesse descoberto meu segredo mais obscuro.
- Você apontou para ela. - Cruzei os braços.
- Não, apontei para a pista de dança. Poderia ser qualquer uma. - Gargalhou.
Me calei, impaciente.
Odeio esses joguinhos do Benjamim.
- Cara, não é difícil admitir o que está bem na sua frente. - Ele riu, olhando Vanessa dançar.
- Não tenho nada para admitir. A Vanessa colocou minhoca na sua cabeça também? - Ri. - Ela que acha que nós sentimos alguma coisa um pelo outro.
- E não sentem? - Riu com o nariz.
- Apenas amizade. - Dei de ombros.
- Vai se convencer disso até quando?
- Eu não gosto dela. Desencana! - Bufei.
- Vamos ver até quando isso vai durar. - Ele riu, cruzando os braços.
Olhei para frente, pensativo. Nossos olhos se encontraram por alguns instantes, mas rapidamente ela desviou.
Suspirei.
- Nate! - Ouvi uma voz fina me chamar.
Clarisse, novamente querendo falar comigo.
Olhei para Ben que revirou os olhos.
- Benjamin, pode nos dar licença, por favor! - Ela disse com um sorriso forçado.
Bufou e saiu para pegar uma bebida.
- Então...o que você quer? - Perguntei.
- Eu queria conversar com você um pouquinho, bobo. Já que agora nós somos amigos! - Ela disse me dando um leve tapa no braço com um grande sorriso no rosto.
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Garotas Rebeldes Também Amam | ✓
Jugendliteratur| +16 | Este livro contém gatilhos Alex Miller teve uma vida difícil ao lidar com situações que uma adolescente comum nunca deveria passar. Apesar disso, superficialmente, Alex nunca mostrou-se frágil e sua tamanha rebeldia, na concepção da garota...