Capítulo 28

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Nathan Reynolds

Quando chegamos na festa, as meninas foram direto para a pista e não conseguia tirar meus olhos da Alex desde que ela começara dançar. Observava cada movimento que fazia e por um momento me perdi no seu sorriso e nas curvas do seu corpo.

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo ultimamente. Não era a primeira vez que me pego pensando nela ou a admirando. E não estou falando só da beleza, mas sua energia, bondade, espontaneidade, sua autenticidade. Tudo. Até seu sarcasmo exagerado e fora de hora ou a sua facilidade de se irritar com as coisas.

Sorri, sem perceber e Ben me cutucou.

- No que está pensando? - Ben disse rindo e eu assenti.

Passei a mão na nuca, sem graça.

- Nada, por que? - Menti.

- Nada? E essa cara de bobo aí, é o que? - Franziu a testa.

- Não inventa coisas. - Revirei os olhos.

- Faz tempo que você age assim, sabia?! - Ben disse, rindo.

- Assim como? - Me assustei.

- Como um bobo apaixonado. - Gargalhou.

- Apaixonado? - Ri. - Por quem? Você está maluco, só pode. - Neguei.

- Você sabe muito bem por quem. - Ele apontou com a cabeça para as meninas adiante.

- Somos amigos. - Revirei os olhos.

- Nada impede. - Deu de ombros.

- Não estou apaixonado pela Alex. - Bufei.

- E quem disse que era pela Alex? - Ele sorriu como se tivesse descoberto meu segredo mais obscuro.

- Você apontou para ela. - Cruzei os braços.

- Não, apontei para a pista de dança. Poderia ser qualquer uma. - Gargalhou.

Me calei, impaciente.

Odeio esses joguinhos do Benjamim.

- Cara, não é difícil admitir o que está bem na sua frente. - Ele riu, olhando Vanessa dançar.

- Não tenho nada para admitir. A Vanessa colocou minhoca na sua cabeça também? - Ri. - Ela que acha que nós sentimos alguma coisa um pelo outro.

- E não sentem? - Riu com o nariz.

- Apenas amizade. - Dei de ombros.

- Vai se convencer disso até quando?

- Eu não gosto dela. Desencana! - Bufei.

- Vamos ver até quando isso vai durar. - Ele riu, cruzando os braços.

Olhei para frente, pensativo. Nossos olhos se encontraram por alguns instantes, mas rapidamente ela desviou.

Suspirei.

- Nate! - Ouvi uma voz fina me chamar.

Clarisse, novamente querendo falar comigo.

Olhei para Ben que revirou os olhos.

- Benjamin, pode nos dar licença, por favor! - Ela disse com um sorriso forçado.

Bufou e saiu para pegar uma bebida.

- Então...o que você quer? - Perguntei.

- Eu queria conversar com você um pouquinho, bobo. Já que agora nós somos amigos! - Ela disse me dando um leve tapa no braço com um grande sorriso no rosto.

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