Take My Hand Through The Flames || Jarley

18. tortura

Asilo Arkham, às 12:20h

"Me poupe dessas sessões idiotas. Eu não tenho cura."

- Sonhava que ela beijava a minha boca, era tão bom. Deslizava no meu corpo, me deixava louca. Me fazia sentir, querer, ter ela. - Braços cruzados sobre a mesa, a cabeça por cima e seus cabelos ruivos cobrindo seu rosto.

- Pamela, ou Hera, como preferir - Diz pegando uma prancheta e uma caneta que estava em seu bolso.

- Tanto faz - Diz a ruiva, bufando.

- O que você, realmente sente por essa... a Harley? - Diz agora, olhando para a mulher.

- O que eu sinto? - Levanta sua cabeça, encarando a psiquiatra a sua frente. - Eu sou completamente apaixo... - Para por um segundo, olhando para a janela pequena que permitia a entrada da luz na sala escura. - Eu a amo.

- Você ama? - Jessica Parks. Estava escrito em seu crachá. - Pamela, certo? Você sabe o que é amor?

- É claro que eu sei, quem não sabe? - Volta seu olhar a mulher alta. - Amor é... Um sentimento forte, quando você...

- Uma forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais. Ou pode ser simplesmente uma atração baseada em desejo sexual. - Diz olhando-a fundo nos olhos.

- Isso é? - Diz sem entender as palavras da doutora. - Sabe, Parks - Ajeita o cabelo em um coque, com dificuldade por conta das algemas. - Talvez eu não a ame pela sua definição. Mas, é isso que você quer? Provar que eu não a amo?

- Quero provar para você, que amor não é apenas as borboletas na barriga. A paixão não é só pensar em alguém o dia inteiro. - Diz anotando algo na prancheta. - Mas vocês são insanos, vocês não se importam com o amor, vocês não amam, nenhum de vocês.

- O que está tentando dizer com isso? - Chega seu corpo para mais perto da psiquiatra.

- O amor não é real Pamela - Continua a anotar. - O amor é apenas um sentimento falso que as pessoas inventaram.

- Por que um sentimento falso? - Diz franzindo o cenho.

- Já está na minha hora, até amanhã, Pamela. - Sai da sala, deixando a ruiva presa em seus desvaneios.

O amor existe?

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Gotham City

- Ora gosta de morenas, ora de gosta de loiras - Ri, arrancando a fita da boca do homem. - Pensava que você e o Batman tinham um casinho. Mas deve rolar né.

- Ela não está comigo Coringa - Diz, seu olhar expressava ódio. - Ela foi embora.

- Como ela foi embora? - Grita. - Cadê a minha mulher!! - Atira em um de seus capangas. - Jonny tira esse merda daqui!! - O mesmo apenas assentiu com a cabeça, arrastando o corpo para algum outro lugar. - O negócio é o seguinte amigo - Respira fundo e ajeita a gravata que usava.

- Eu quero a Harley em 24h - Joga a arma longe e senta no colo do homem amarrado. - Quero ela viva, e eu espero que vocês sejam rápidos, não vou jogar limpo. - Sai de cima do homem alto.

- O que você vai fazer? - Se rebate, tentando sair.

- Não se faça de desentendido - Riu, com as mãos apoiadas no joelho. Tirou mais uma de suas cartas do bolso, e voltou a se sentar no colo de Asa Noturna. - Você sabe bem que eu não brinco com coisa séria. - Continua a rir, deixando o mesmo sozinho, preso. Pagando. - Toma aqui meu número, pode me ligar quando precisar querido - Se levanta rindo. Caiu no chão e abraçou suas pernas, entre as risadas eufóricas e assustadoras. Coringa.