12. Point Of View Maven Calore

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Eu poderia viver e morrer no Novidos. O cara que construiu esse lugar, deveria ser um gênio, porque é tudo que um jovem precisa. Tendo uma lanchonete com a melhor torta de limão que você poderia comer na vida, era um lugar que eu gostaria estar.

Juntos aos fliperamas, eu esquecia para o que viemos aqui — xeretar o encontro de Thomas — e me dedicava a não morrer jogando Pac Man.

Kilorn, um pouco distante de mim, murmurava e se remexia, estranhamente, ao som da música que tocava nos alto-falantes. Evangeline também estava lá, porque, em algum momento das vergonhosas atitudes de Kilorn, ele havia ligado para ela. Ela enchia a boca de algodão doce enquanto me provocava para eu perder o jogo.

— Por que eles não se beijam? — Kilorn se aproximou e repousou e queixo em meu ombro.

O álcool que havíamos tomado no estacionamento já fazia efeito em nós.

Desviei os olhos do jogo e observei Heron e Thomas perto da lanchonete, conversando e sorrindo.

Levei um susto quando Evangeline soltou um grito e apertou minha mão nos controle com forças. Eu havia perdido mais uma partida.

— Pervertido — sussurrei para Kilorn me virei para Evangeline. — Sua vez de jogar.

— Jogo de perdedores — ela disse e deu as costas para se deitar em um dos grandes bancos alí.

Abri um sorriso no canto dos lábios, revirei os olhos e reiniciei a partida.

— Por que estamos aqui? — perguntou Evangeline.

— É como uma tradição — quem lhe respondeu foi Kilorn. — Sempre vamos estar lá no primeiro encontro do casal. É pra dar sorte — balancei a cabeça com meus pensamentos. A única coisa que dava era merda. — Estávamos lá no seu primeiro com o Cal.

— Foi quando você se apaixonou por ela? — perguntei.

Não pude ver a reação de Evangeline, mas Kilorn me imitou, zoando minha frase como uma criança.

— Eu não me lembro disso — ele sussurrou apenas para eu ouvir. — Evangeline me jogou na água gelada.

Eu ri e me lembrei do encontro louco de Evangeline e Cal — participação especial de Thomas, Oliver, Kilorn e eu — a noite em uma festa na praia.

Kilorn paralisou do nada, como se estivesse tendo um déjà vu. De repente, ele exclamou.

— Já fizemos isso com todos, menos com Maven!

— Isso porque o Maven não sai com ninguém, não é, Maven? — perguntou Evangeline.

— Eu sou um rapaz comprometido.

Ouvi Evangeline bufar.

— Com quem?

— Com o Pac Man.

— Você é comprometido comigo — Kilorn segurou o capuz do meu moleton e jogou sobre minha cabeça, o arrastou até meu rosto, tampou meus olhos e me puxou para trás. Senti que havia perdido mais uma vez e choraminguei. Atrás de nós, ouvi a gargalhada de Evangeline.

E alí estava nós três, parcialmente bêbados, como grandes idiotas.

— Cale sua boca, Warren! — exclamou a garota. — Ele é do Thomas.

— Ele é meu, Samos, sai fora — me esforcei para sair de perto de Kilorn.

— Eu sou meu! — as pessoas que alí estavam presente, começavam a olhar para nós.

— Isso aí, Maven. Girl Power — brincou Evangeline e eu não pude evitar rir.

Desisti de tentar ter sucesso no jogo. Me deitei nos bancos e me esforcei para poder olhar para Thomas e sua acompanhante. Agora ele mostrava algo em seu celular para ela.

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