11. Point Of View Mare Barrow

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Os estacionamento cheio não facilitava para eu achar o carro do meu pai. A vaga qual ele havia parado outro dia estava ocupada com outro carro, e o resto do lugar não estava diferente.

Eu me perguntava se a ideia dos meus pais de eu estudar em um colégio melhor e mais caro era realmente boa. Aqueles primeiros três dias de aula não haviam me deixado muito satisfeita, o ensino poderia ser ótimo, mas minha mente e meu corpo gritavam por socorro. A diferença entre a Norta College e os antigos colégios que eu havia estudado, era que eles pegavam pesado na hora de lhe fazerem estudar, não posso imaginar alguém saindo feliz e resistente no final de todas as aulas.

E, claro, em meus antigos colégios o estacionamento não era lotado por carros e adolescentes cheios de grana.

Tirei a mochila das costas pra pegar meu celular, e só assim percebi que Gisa havia me mandando uma mensagem minutos atrás. A mensagem dizia que eles estavam me esperando na frente da escola. Tomei minha direção e comecei a caminhar até a entrada do colégio.

- Mare! - ouvi meu nome ser chamado e parei.

Me virei para trás e Walsh corria até mim.

- Indo até a saída do colégio? Seus pais também se recusam a entrar no estacionamento do colégio quando vêem te buscar?

Passamos a andar juntas, na mesma direção.

- Dessa vez não, o estacionamento só está cheio de mais para os mortais adultos.

Ela riu e, cambaleando, se encostou mais um pouco em mim. Walsh era um pouco mais alta que eu, coisa que não era difícil.

- Nos conhecemos ontem... - ela começou. - E isso é muito bom. Estou feliz.

Franzi as sobrancelhas e ri.

- Uau! Não sabia que minha amizade poderia fazer tanta diferença na vida de uma pessoa - coloquei a mão no peito e dramatizei.

Walsh balançou a cabeça enquanto gargalhava.

- Olha... Eu meio que nunca tive outro amigo além de Tristan, e eu sei que isso é muito deprimente. Então esse ano eu resolvi que iria arrumar novas amizades, uma garota de preferência. Eu juro que quando a gente se conheceu, o Tristan só foi um bosta de um fofoqueiro, eu não olhei para você e pensei "essa garota vai ser minha amiga", como uma maluca. Porém eu resolvi te convidar para o almoço, mas só depois de você ter me respondido, e surpreendentemente ter sido simpática. E agora eu tenho uma amiga, posso conversar sobre garotos sem receber uma zoação em troca, e isso vai ser muito legal, porque, aparentemente, um dos garotos mais populares deste colégio têm atração por essa minha amiga. Porque nós somos amigas, não é?

Eu ri, me surpreendendo por sua fala longa e alta.

- Claro que somos amigas. Para mim isso foi ótimo também... Já estava imaginando como seria o resto do ano, comendo sozinha no almoço todos os dias - franzi os lábios ao pensar - E se está falando do Maven... ele não sente nada por mim.

- Maven? Estou falando do Kilorn.

- Ah, sim. O Kilorn. Porque o Maven? - perguntei, eu mesma estava confusa.

- Não sei, você que disse Maven.

Dei de ombros e olhei para meus próprio tênis.

De repente, Walsh parou e cotovelou minhas costas. Olhei para ela e em seguida para o que tomava sua atenção.

Uma mulher - não muito mais velha que nós - ao lado de um carro vermelho, nos chamava a atenção enquanto acenava com as mãos.

- Minha irmã mais velha - Walsh suspirou.

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