EDITH
(...)
Senti os beijos de Dominic se tornarem cada vez mais urgentes, eu tentava o acompanhar enquanto meu corpo estava rendido a ele, quente e necessitado.
Ele separou nossos lábios, e colou nossas testas, enquanto respiravamos descompassadamente.
— Dominic... — Sussurrei seu nome.
— Edith... — Disse tocando meu rosto com a ponta dos dedos. — Eu quero que seja minha. — Proferiu por fim, apertando minha cintura contra seu corpo com a mão livre, fazendo-me ofegar.
Estávamos casados, e era natural que nosso casamento fosse consumado.
E o calor que corria dentro de mim com sua proximidade, respondeu por mim.— Eu... Eu quero ser sua. — Sussurrei contra sua boca, e ele sorriu largo, antes de tomar meus lábios novamente.
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Senti seus beijos sendo depositados em minha nuca descendo por minhas costas, aquecendo meu corpo, e se fez em meu rosto um sorriso, este que se afundou contra o travesseiro.
Nossos corpos nus estavam juntos, entrelaçados... Suas mãos firmes deslizavam lentamente por minha pele.
E apesar de ter sentido incomodo no início, tanto pelo receio da nudez, e pela leve dor ao ser preenchida, nada compensava a sensação de fazer amor. Para mim, não tinha outro nome. Os toques, as carícias, os beijos, ter seu corpo sobre o meu, e todo o prazer da intimidade, que eu desconhecia.
Aconcheguei a ele, leve, estava cansada e sonolenta.
— Dom... — Chamei virando o rosto para olha-lo. Ele então ergueu o rosto para me fitar em meio as sombras da noite. Seus olhos azuis eram a luz ali.
— Sim?
— Acha que eu já estou grávida? — Perguntei entre o temor e a empolgação.
Ter filhos agora talvez fosse um pouco precipitado... Pois eu achava que Dominic e eu deveríamos ter um tempo com nós mesmos, nos conhecer melhor, até mesmo para sermos bons pais. Mas se acontecer, está tudo bem.
Ele franziu as sobrancelhas.
— Suponho que não... Não é assim Edith, pode ser rápido, ou precisar de várias tentativas. Isso não é algo preciso. — Disse afagando minhas bochechas, e as senti ruborizar ao pensar que para isso faríamos amor varias vezes.
— Ah, que bom.
— Que bom? — Perguntou cheio de maldade, se colocando em cima de mim, com um sorrisinho de canto da boca.
— Para Dominic! — Falei envergonhada, o empurrando de leve pelos ombros, evitando rir pelo constrangimento. — Seu paspalho! — Ralhei, e então ele riu, colocando a cabeça na curva do meu pescoço.
— Vou acabar me acostumando com você me chamando assim. — Sussurrou perto da minha orelha, e isso arrepiou minha pele, me fazendo remexer embaixo dele.
— Pode se acostumar, afinal uma vez paspalho, sempre paspalho... — Proferi, com humor, dando um pequeno bocejo involuntário.
— Cansada?
— Bastante. — Falei me virando de costas para ele, e o senti puxar o cobertor pesado sobre mim, e prontamente seu corpo quente se aninhou ao meu, me abraçando.
Suspirei baixinho, dormir assim, seria uma das experiências mais absurdas da minha vida. E eu... Eu queria muito isso, passar a minha primeira noite em meu novo lar, dessa forma.
Senti meus olhos pesarem, e me ajeitei em seus braços para ficar confortável.
— Boa noite, Lady Hallward.
— Boa noite, paspalho.
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Dominic e eu tomávamos o café da manhã juntos, após despertar em seus braços, com seus beijos, eu sentia minha pele esquentar cada vez que seu olhar se dirigia a mim. A noite anterior não saía de minha mente, e as memórias (e o desconfortos ao andar) não deixavam meu corpo.
Enquanto eu bebericava meu chá de gengibre, ele cortou o silêncio.
— Essa geléia de uva, é feita com vinhedos da minha família, você precisa provar. — Disse ele, pegando um pequeno frasco com uma geléia arroxeada, sobre a mesa.
Ele então pescou uma torrada, e passou a geléia sobre ela, deslizando a faca sobre sua superfície, devagar.
Estendi a minha mão para pega-la, mas ele a segurou com a sua, com um sorriso. E trouxe a torrada com sua mão até perto da minha boca, o cheiro da geléia era incrível.
Entre abri os lábios, para recebe-la, querendo sorrir, e ele a aproximou com sutileza da minha boca, para que eu a mordesse, e eu o fiz.
E por Deus! A geléia era maravilhosa, era doce até certo ponto, mas com os pedaços da fruta, lhe davam um leve toque azedo.
— Dominic! É ótima, perfeita! — Falei pegando a torrada da sua mão, para terminar de comer.
— Estou pensando em comercializa-la, aqui em Londres. O que acha? — Perguntou realmente interessado na minha opinião.
— Acho que as pessoas precisam prova-la. — Falei sinceramente, e mordi novamente minha torrada. Eu tinha meu novo vício depois do bolo de chocolate da Nana, e era essa geléia.
Ele sorriu agradecido, quando ia falar algo, sua voz foi cortada.
— Milorde? — Ouvimos senhora Reardon chama-lo. Ela tinha um envelope em mãos.
— Sim?
— O mensageiro do Rei Leopoldo, acaba de lhe enviar esta correspondência. — Disse ela caminhando até meu marido.
Ela lhe entregou a carta, e rapidamente Dominic se pôs a abri-la.
— Estou surpreso, Rei Leopoldo até então nunca fez questão da minha pessoa, apesar de ter sido um bom amigo de meu pai. — Comentou.
E então começou a ler a carta que lhe endereçava.
Começou com um vinco na testa, mas sua expressão suavizou, para algo que beirava ao contentamento.
— O que diz? Se é que posso saber? — Perguntei, afinal sou uma tremenda curiosa.
— Rei Leopoldo me fez um convite para uma expedição, saindo para uma pequena recém descoberta ilha ao sul da Itália. Ele me quer como figura diplomática, para tentar fazer acordos comerciais. — Contou.
— Nossa parece importante. — Suspirei. — Eu nunca viagei em um navio, acredita? E vai ser muito interessante conhecer uma nova ilha. Quando iremos? — Perguntei pensando mil e uma coisas, em empolgação.
— Não Edith, eu, apenas eu, irei nessa expedição..
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NOTA:
Oie amadas! ❤ VOCÊS QUERIAM HOT COMPLETO, NE? Pois bem, eu sinto muito mas eu não estava nem um pouco tentada a escrever, eu sei que vocês, nós, vós, eles, elas, aqueles, aquelas, ADORAM UMA BOA SACANAGEM (rs) maaaas, eu não pretendo escrever agora em RAD.
Espero que estejam gostando da história, porque ela está entrando em reta final. Faltam quatro capítulos pro fim?????? (Choros e gritos internos)
Obrigado desde já.
Beijos
- cris
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Reverências ao Duque (SÉRIE 'NOBRES DE MAYFAIR')
RomanceUm acordo entre pais, negociando o futuro de seus filhos. Em seu leito de morte, Charles Hallward, o duque de Abbey Mount, conta a seu único filho, Dominic, sobre um trato feito há muitos anos, com um rico fazendeiro do interior de Surrey, do qual o...