A HORA PERFEITA

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Chenle? Por que o garoto estava ali?

Jisung não estava preparado para encontrar o garoto aquela hora. O nervosismo voltou. Faria o máximo possível para não ser visto pelo mais velho.

O jovem sabia que estava com algo que não era seu, mas não estava preparado para entregar. Aquela não era a hora perfeita.

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Jisung arrumava as prateleiras da loja, no entanto não parava de olhar discretamente para Chenle. O loiro desta vez não estava sozinho, havia uma garota ao seu lado. O mais novo não sabia quem era tal garota.

— Obrigada por passar um tempo comigo — A garota agradece a quem estava ao seu lado.

Chenle apenas sorri e volta o foco em seu livro.

— Você ainda não me mostrou o garoto que gosta — A mais velha o provoca.

— Você pode falar mais baixo, por favor? E não! Não gosto dele — Zhong responde em um tom um pouco alterado.

— Então eu posso gostar dele? Você tem bom gosto! — A mais velha sugeriu.

— Fique a vontade — Respondeu fingindo não se interessar pelo assunto.

Tudo que se tratava de Park Jisung, era interessante para Zhong Chenle, por mais que não admitisse para os outros.

— Me mostra quem é o garoto? Ele está aqui agora? — A moça pergunta animada.

— O garoto que está arrumando a prateleira e nos observa  — Zhong respondeu, sem ao menos olhar para o garoto.

Hyejoo procurava o tal garoto, até que seus olhos foram de encontro aos dele, que desviou rapidamente.

— Ele é fofo — Um brilho surgiu em seus olhos e seus lábios formaram um grande sorriso — Primo, acho que ele estava olhando demais na nossa direção.

— Deve ser impressão sua — Respondeu virando para próxima a página.

— Será que — Faz uma pausa dramática — Ele estava me observando?

— Deve ser — Seu interesse em responder desapareceu e não voltará tão cedo.

Zhong ria por dentro. Sua prima era a rainha dos iludidos. Chenle não queria deixar sua prima deprimida, mas o mesmo sabia bem com quem Jisung queria trocar olhares ou era apenas seu orgulho falando mais alto.

— Eu acho que vou chamá-lo depois —  A jovem respondeu animada.

Chenle apenas revisou os olhos.

Hyejoo se levantou e seguiu até o banheiro. Tropeçou em seu pé algumas vezes.

O loiro aproveitou a deixa. Pegou o moletom do mais novo e foi até o mesmo.

— Me desculpe atrapalhar, você esqueceu no meu carro aquele dia —  Chenle aproximou o casaco ao dono.

— Obrigado — Park pegou seu casaco e deu um leve sorriso —  Também estou com algo seu — Seguiu até sua mochila onde pegou o livro — Você o esqueceu na balança.

Chenle parecia surpreso, ele realmente não se lembrava que o livro não estava consigo.

O mais velho estava preparado para voltar a sua leitura, quando um grande estouro se fez audível.

Perto do estabelecimento houve um acidente, o que causou a perda de luz em algumas ruas da vila.

Jisung desde de pequenino apresenta um grande medo de escuro, e quando o mais novo sente tal medo, corre para os braços de sua mãe. Infelizmente ela não estava ali naquela hora, o que fez Jisung ir de encontro com o corpo da pessoa à sua frente.

Chenle ficou surpreso com o contato e decidiu não encostar no mais novo. Mesmo sendo chinês, já estava acostumado com a cultura dos coreanos, e que encostar em uma pessoa que nem conhece é um ato estranho e nada confortável. Sentir justo o garoto o abraçando, o deixou sem ação.

Jisung demorou algum tempinho para perceber que não abraçava sua mãe. Surtou mentalmente pelo que fez.

O que poderia fazer? O mais óbvio a se fazer, se afastar! Não foi o que fez. Eram muitas emoções envolvidas que fizeram o moreno ficar sem ação.

O silêncio se fez presente naquele tempinho. Jisung continuava abraçado ao garoto. O porquê de sua burrice nem o mais novo sabia responder.

Chenle nunca negou para si mesmo que desde de seu primeiro contato visual com Jisung queria beijá-lo, era uma vontade estranha que ele não sabia explicar.

Essa seria a hora perfeita? Chenle queria saber como os lábios de Jisung ficariam perto dos seus, se o mesmo sabia beijar, e várias outras perguntas que surgiam em sua mente. Sabia que era errado, mas quis arriscar.

Como Jisung estava abraçado ao loiro o mesmo decidou o empurrar não muito forte sua intenção não era e nunca foi machucá-lo fisicamente. Psicologicamente era outra história e já afetava o mais novo.

Aproximou-se do garoto mais alto, que estava parado tentando raciocionar o que estava passando, até sentir uma mão segurando seu pulso e depois os lábios de Chenle nos seus.

Jisung não estava conseguindo raciocinar novamente, o mesmo não sabia beijar direito, havia apenas no jardim de infância trocado um selinho com sua amiga sendo ela que o puxou para o selinho. Jisung não sabia o que fazer e o nervosismo se fez presente.

O beijo estava calmo e durou muito pouco, pois Chenle se afastou com sua respiração acelerada assim como Jisung. Chenle tirou do bolso moletom seu celular. Ligou a lanterna e foi até a mesa pegando suas coisas e saindo do lugar.

Jisung tocava em seus lábios e tentava entender o que aconteceu

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Revisado.

 THE PROTAGONIST OF MY FEELINGSOnde histórias criam vida. Descubra agora