Ainda confusa com minha presença em sua residência, a secretária Park sinalizou para que eu entrasse em sua residência minúscula e muito mal decorada, me deixando pensativo acerca do que ela fazia com o salário pomposo que eu lhe pagava mensalmente, e, mesmo muito curiosos sobre o assunto, decidi me conter a respeito, me limitei a acompanhá-la até a sala.
Assim que ficamos parados, um em frente ao outro, me toquei que tinha ido até lá sem um plano em mente e eu era péssimo em agir sob pressão, tratava ao ponto de não conseguir articular uma palavra sequer e seu olhar interrogativo sobre mim não ajudava muito. Tentando manter a calma, se é que isso era possível, vasculhei meu inconsciente em busca de uma desculpa plausível, mas o que surgiu foi a voz de Taehyung e em seguida, a de Zefa, cada um me aconselhando de uma forma diferente:
Tinhosa Zefa: Para de ser medroso, homem e fala pra ela como se sente, o máximo que pode acontecer, é o senhor levar um pé na bunda. Coisa boba.
Anjo Tae: Vá com calma, Hoseok, primeiro descubra como ela se sente em relação a você e só depois dê o próximo passo.
Tinhosa Zefa: Não escute ele, chefinho, vai com tudo pra cima dela.
Anjo Tae: Você já agiu por impulso antes, e não deu certo, me escute e seja cauteloso com a secretária Park.
- Está me ouvindo, sr. Jung? - Ela indagou, estreitando os olhos em minha direção.
- Desculpe, eu me distraí. - Respondi depressa.
Não conseguia me concentrar em nada com dois intrusos na minha mente, como se não fosse o suficiente, ainda estava tentando entender como a secretária Park conseguia viver em uma quitinete, quando tinha condições de viver em um lugar bem melhor. Por mais que quisesse entender o porquê daquilo, entretanto, puxei uma respiração mais longa e, ainda passeando os olhos pelo cômodo, ao meu ver, insalubre, pausei minha atenção nela, me aproximando um pouco mais dela.
- Queria me desculpar pelo meu comportamento no restaurante. - Murmurei, encarando-a fixamente. - Agi impulsivamente e não quis ofender você.
- Tudo bem. - Ela forçou um sorriso, sinalizando para que eu a acompanhasse e o cômodo seguinte era ainda menor. -Aceita jantar comigo? - Pediu, sinalizando em direção à mesa já posta para a refeição, e só a visão da comida, já me embrulhou o estômago.
- Obrigada, mas estou sem fome. - Pronunciei sem preâmbulos.
- Não está tão ruim quanto parece. - Me assegurou, e por um momento, pensei que a srta. Park era capaz de ler meus pensamentos, descartando a ideia absurda. imediatamente.
Sem querer fazer desfeita, aceitei me juntar a ela para a refeição e quando falou que não estava tão ruim, não mentiu, estava tão bom que eu comi duas poções e só não pedi a terceira, com vergonha dela pensar que eu era um esfomeado, algo que não precedia.
- Seu pai, ele está melhor? - Indaguei, observando ela em frente à pia, lavando a louça.
- Oh, sim. - Olhou por cima do ombro brevemente, me olhando de esguelha e sorriu entre dentes. - Acredita que ele se jogou de cima do palco, durante uma apresentação em um bar? - Comentou bem-humorada. - Acho que ele pensou que o segurariam, o que não aconteceu e acabou caindo em cheio no chão.
- Ele é artista? - Quis saber, me sentindo abelhudo, por não conseguir controlar a própria língua.
- Essa não é bem a palavra pra descrever o meu pai, sr. Jung. - Sua voz desceu algumas oitavas, de repente, ela parecia cansada.
- É por isso que quer sair da empresa? - Questionei e me levantei para confrontá-la.
Antes que a secretária Park me contasse o real motivo do pedido de demissão, o telefone residencial tocou e ela correu, literalmente, pra atender o chamado de quem quer que fosse.
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What's Wrong with You? | Jhk +18
Fiksi Penggemar| CONCLUÍDA | | ESSA ESTÓRIA NÃO É DOMÍNIO PÚBLICO, TODOS OS DIREITOS ESTÃO RESERVADOS A MIM E SOMENTE A MIM! | Jung Hoseok tinha uma fama de ser gay na frente de outras pessoas, ele era um homem narcisista que só ligava para si próprio. Depois dos...