Aceitando meus sentimentos.

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S/N Pov

Ele estendeu a mão para mim e pude sentir seus dedos em volta dos meus, enquanto ele me observava atentamente, fazendo meu corpo paralisar e tudo em volta ficou turvo. Talvez pela inexperiência profissional, ou talvez meu chefe fosse singular, ao ponto de não haver outro igual.

O sr. Jung sorriu e sinalizou para que eu me sentasse em sua frente, para o início da entrevista e a conduziu de forma brilhante, me tranquilizando a maior parte do tempo.

No final daquela manhã, eu sabia que minha vida estava ligada a dele.

Presente

Agora ele se comportava de forma estranha, bem diferente do habitual, como se quisesse me falar algo, mas não soubesse como fazê-lo e eu detestava suas previsibilidades, detestava ainda mais não saber o que ele sentia por mim, se é que ele sentia algo.

Então permaneço observando ele dormindo tranquilamente, imaginando o que ele vê por baixo de suas pálpebras inquietas; seu semblante me transmite paz. Então me sento em uma poltrona ao lado da cama e me permito cochilar um pouco, na esperança de que essa situação se resolva, antes que eu perca a minha sanidade de vez.

Hoseok Pov

Acordar de ressaca já é ruim, mas amnésia pós-bebedeira me deixava pior, mirando a janela com um olho aberto e o outro fechado me apoiei nos cotovelos e com algum esforço físico, consegui chegar ao banheiro e liguei o chuveiro, sem me importar em deixar a água aquecer, se é que aquele chuveiro elétrico funcionava mesmo.

Retornando ao quarto, me arrependendo por ter bebido tanto na noite anterior, certo de que Park Jimin estava bem pior do que eu. Vesti uma simples calça e uma camisa qualquer, e em seguida fui em busca da srta. Park, encontrando ela na cozinha.

- Bom dia. - A saúdo, me apoiando no balcão de madeira, observando ela pegar uma jarra de suco na geladeira.

- Bom dia. - Murmurou secamente, sem ao menos olhar para mim, colocando algumas comidas sobre à mesa.

- Está tudo bem? - Indaguei, pensei em me aproximar, mas ao notar seu semblante raivoso, eu desisti rapidinho, como já dizia o papai: nunca chegue perto de uma mulher irritada, se quiser permanecer com todos os dentes na boca.

- Por que não estaria? - Arqueou as sobrancelhas, e seus ir e vir da geladeira para a mesa, estava me deixando tonto.

- Está estranha, eu fiz algo de errado ontem? - Voltei a indagar, observando cada gesto minuciosamente, vasculhando meu inconsciente em busca de qualquer merda que eu tivesse feito na noite anterior, mas fora inútil, não conseguia lembrar.

- Não. - Seu tom passou de constante para gélido em questão de segundos, um forte indício de que eu estava muito encrencado. - Está com fome? - Quis saber, sinalizando com os olhos em direção à mesa.

- Para. - Proferi, usando o resquício de coragem para me aproximar dela, me posicionando bem atrás de si, embora soubesse que era arriscado, pousei as mãos em sua cintura, aproximando nossos corpos, ao ponto de sentir sua pulsação ficar desregulada. - Me explica por que está irritada comigo, por favor. - Isso soou quase suplicante.

- Já disse que não estou irritada com o senhor. - Ela parecia tétrica, e os músculos do corpo estavam enrijecidos ao meu toque.

- Eu sei que está, por que não podemos sentar e conversar? - Insisti, pressionando mais meus dedos contra sua cintura e a virei, de modo que ficássemos de frente um para o outro. - O que eu fiz de errado? - Indaguei, inclinando minha cabeça para baixo, bastaria me aproximar um pouco mais para beijá-la.

What's Wrong with You? | Jhk +18Onde histórias criam vida. Descubra agora