Capítulo 34

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"Nenhuma pessoa vai te amar tanto como a que chorou porque não queria te perder"






Porra.

Castiel a um tempo atrás havia lido que o amor dói. Só não imaginava que colocaria sua vida em risco.

Porra!

Estava se sentindo mais vivo do que nunca estivera.
Era esse som em seu peito... como tambores. Seu sangue bombeado por pura adrenalina, o lembrando de que ainda era um ser humano.... prestes a entrar em colapso.

Seu pai ria.
Mas não era engraçado.

Ou era?


- Hm... gay...- ele pronunciou pensativo

Pelo menos o assunto tinha feito Roberto soltar sua mãe.
Se tinha alguém que seu pai tinha que punir, era ele. Não Camila, nem ninguém. Ninguém tinha que tomar suas dores.

Já foi a época em que Castiel se escondia. Seja do que for. Desde seus sentimentos até suas atitudes.

- Então você gosta de pau, Castiel?

Era pra ele responder?
Porque a resposta era meio óbvia...

Silêncio. Castiel havia aprendido isso também

O pior de tudo, era o olhar do pai... diabólico.
Então o Diabo estava andando entre nós e ninguém o tinha avisado?

- Me responde, filho- a tonalidade era tão doce, como um canto de sereia, que no final, não era nada mais do que a morte chamando - é disso que você gosta?

Roberto sorriu. Abaixando as calças junto com a roupa íntima, mostrando o que não devia.

Era nojento demais. Os olhos azuis foi fechado com repugnância e raiva. Seu pai estava diferente, sempre tinha seus surtos mas agora, era como se ele estivesse se tornado outra pessoa

- Roberto... por favor- Camila, que já de pé e do lado do filho, suplicou- pare com isso! Ele ainda é seu filho...

- Não! Cala a boca!- gritou, mas logo voltou-se com a voz calma- ele nunca foi... filho meu jamais faria e seria como ele. Porra Camila, teu filho gosta de pau! Sabe o que isso significa?...- perguntou, levantando a calça que estava no chão

Silêncio absoluto. Ninguém sabia o que isso significava na mente do homem.

Gabriel que estava atrás de Cas, segurava a mão do amigo, escondido nas costas do garoto. Queria passar segurança para o moreno, que tremia, gelado. O baixinho pôde sentir... ele só queria o ajudar mais do que uma simples junção de mãos.

- Morte...- Roberto completou a frase, tirando da bolsa uma arma de fogo e apontando em seguida para os olhos azuis

E todas na sala entraram em desespero. Camila que gritou assustada, entrou na frento dos meninos, rapidamente, tomando a frente da situação

- Mas que merda...- Gabe sussurrou extremamente baixo, fazendo com que apenas o amigo escutasse

Sim, aquilo era uma merda.

- Roberto... abaixe a arma- ela falou com cautela. Agora não era o momento de o deixar mais estressado

- Você... aceita isso?... espera... você já sabia!- gritou, com os olhos de lágrimas, sua mão tremia em raiva, em seu rosto se podia ver a pulsação de seus nervos

- Sabia...- respondeu, baixo, mas mesmo assim o mais velho ouviu- é meu filho Roberto, claro que eu aceito. Todos os pais deveriam aceitar!- falou, firmemente

Desvio {destiel}Onde histórias criam vida. Descubra agora