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— Eric?  — disse Harlen surpreso — Vem, entra

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Eric?  — disse Harlen surpreso — Vem, entra. Está frio e você está...

Na pressa, vesti uma blusa branca de malha fina com a calça de moletom cinza escuro. Quando entrei na casa de Harlen, meu corpo foi tomado pelo impacto do calor e percebi que realmente estava frio.

Na sala,  ele jogou o cobertor sobre mim antes de pegar em minhas mãos, mas eu as afastei rapidamente.

 Desculpa. — recuou — Vou fazer um chá para te esquentar. — saiu e não demorou a voltar — O que houve? — se sentou ao me lado me entregando a xícara.

— Eu não tenho seu número.

— Eu pensei em te pedir, mas fiquei preocupado de estar passando dos limites. — ele sorriu sem jeito, enquanto assoprava o chá — Não tem problema de ter vindo sem avisar, eu estava acordado. Me passa seu celular para eu trocar os números. — ele fez uma chamada para o número dele — Pronto. — sorriu.

— Eu posso te fazer uma pergunta? — levei meu olhar à xícara em minha mão.

— Claro que pode.

— Você disse que estava interessado em alguém. Como você descobriu? — senti ele sorrir.

— Não é uma regra, mas eu costumo pensar muito na pessoa, no jeito dela, se faz me sentir bem.

— Hm.

— Ele é muito talentoso, doce e... o sorriso dele, enfim... essas coisas. — o tom foi suave.

— Você gosta muito dele.

— E você? Não gosta de ninguém? — ele perguntou e eu o observei. 

A forma como ele estava sentado virado para mim, enquanto balançava a linha que segurava o sachê do chá, me fez reparar na blusa verde de mangas compridas e no moletom branco. O cabelo estava molhado e barba estava um pouco por fazer. Os lábios...

— Eric?

— Oi. — respondi de sobressalto.

— E você? Gosta de alguém?

— Eu não sei. Nunca estive em um relacionamento antes. — desviei o olhar.

 A minha língua ferveu dentro da boca quando bebi o chá.

— Eric! Cuidado! — Harlen segurou meu queixo observando meus lábios e eu, incomodado, desvencilhei-me — Desculpa, só queria verificar se machucou.

— Eu...eu...

— Tudo bem, Eric. — acomodou-se no sofá — Sei que você só se aproxima do Tyler. — o olhei surpreso, mas ele não me retornou — Você falou dele, enquanto estava bêbado e dormia.

— O que...eu ...

— Ordenou que eu tirasse a mão de você, porque só o Tyler poderia te tocar. — soltou riso baixo — Até depois que dormiu na cama, disse que só ele poderia tomar os seus sonhos. — tomou um gole do chá — Porque era o único que não te lembrava da sensação de medo. — nesse momento, meu coração gelou. Não me lembrava de ter dito a ele o que passei na infância — Por isso, desconfiei que o Tyler era seu namorado e, quando ligou para ele na manhã seguinte, reforçou as minhas suspeitas. Tive a surpresa de saber que eram só amigos. — sorriu.

Quebrando muros (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora