capítulo 26

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"CÁSSIE"

As arquibancadas estavam lotadas. Era um mar extenso de camisetas vermelhas e brancas. Grupos de alunos tinham pintado o peito com letras brancas dizendo "e-s-q-u-a-d-r-ã-o"  marcando a pele. Do lado o outro time camisetas azuis marinhas e brancas dominavam as arquibancadas.

Cathy e eu caminhamos para nossos lugares. Conforme passávamos pelas arquibancadas, as pessoas começavam a vibrar.

"Esquadrão vai arrasaaaar", Cathy berra, estupefata, enquanto acenava para as pessoas que conhecia, ela usava uma chapéu e os jeans de sempre, além da camiseta com o número de Christoff, ela adora toda essa euforia.

Corri para alguns assentos que estavam vazios, torcendo para que o jogo começasse. Muitos assobios e vais são direcionado para os times, Cathy senta ao meu lado, rindo e aplaudindo juntos com os outros. Fiquei feliz por ter resolvido passar mais um pouco de maquiagem do que de costume e garanti que meus volumosos cabelos ruivos estivessem presos em um coque bagunçado, porém estiloso.

Depois de alguns minutos tortuosos, que também incluía as equipes de torcidas sacudindo os pompons. A apresentação dos times titular começou, Cathy gritou e fez eu levantar para dançar a música que saia pelos alto falante. Quando os jogadores apareceram no gramado e começou a tocar uma música em homenagem ao esquadrão, não consegui deixar de rir e pular com a minha prima louca, e o clima pré-jogo tomou conta de tudo.

Á música mudava conforme os jogadores iam aparecendo no gramado, o Chistoff era o último, e suas estáticas sugiram acompanhadas da vibração enternecedora da multidão.

O locutor pegou o microfone, e as líderes de torcida a música do time até o campo.

"Levante-se para receber o esquadrãooooooo paraleloooooo..."

O time entrou correndo no campo, e o estádio quase foi ao chão com tanta energia. Bruce e Chistoff lideravam o time, acenando para estimular a torcida.

Todos começaram a cantar em uníssono.

Tiro de escopeta, tiro de canhão
Para mexer com a gente tem que ter disposição
Nós temos uma mania que já é tradição
De não nós entregarmos, de não cair no chão
Tudo o que fazemos todo mundo quer fazer
Se for para ganhar, se for para perder
Braço de ferro, punho de aço
Esquadrão paralelo é que manda no pedaço
Temos garra força e determinação!
Vai esquadrão!

Todos continuam pulando e gritando, empolgados com a chegada no time.

Logo o time adversário entrou em campo e o jogo finalmente começou.

O esquadrão estava jogando incrivelmente bem. Pelo menos parecia está. Pelas comemorações de Cathy e a torcida paralelo, eu tinha quase certeza que estava correta. Na metade do jogo eles estavam ganhando por 8 pontos, e todos estavam confiantes que a vitória estava garantida.

Eu estava sentada no meu lugar, apenas desfrutando do clima eletrizante, quando vi Cathy olhando para mim.

"O que foi?", pergunto.

Ela inclinou a cabeça e me analisando, fiquei inquieta.

"Sabe, você está diferente, está até usando maquiagem", ela responde com um brilho no olhar.

"Ah... é que é as vezes é bom se arrumar não é?", tento mudar o rumo da conversa.

"O engraçado é que você começou com isso logo depois de conhecer o Josh", ela diz com toda certeza do mundo.

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