Capítulo 8 - Mais segredos

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Anteriormente...

Manuel: Enfermeiro? Deixaram um travesseiro a mais aqui dizendo que eu havia pedido, mas não foi eu.

Antônio: Cortesia da casa.

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Manuel: Não pode ser! Você está morto.

Ele abaixa a máscara branca que cobria sua boca e se aproxima do Quemola com voz baixa.

Antônio: Calma! Eu só vim conversar com você.

A respiração do jovem começa a ficar alterada enquanto ver Antônio sentar na cadeira ao lado.

Manuel: Eu não tenho nada para conversar com você.

Antônio: Está enganado! Acho bom você me escutar.

Manuel: (passa a mão no rosto) Não acredito!

Antônio: Filho...

Manuel: Não me chama de filho! Sai daqui!!! (apontando para a porta)

Antônio: Não...

Manuel: Sai daqui antes que eu chame alguém!

Ele levanta o aparelho onde possui o botão de chamar algum enfermeiro, mas Antônio o toma de sua mão.

Antônio: Fale baixo ou será pior.

Manuel: O que faz aqui?

Antônio: Eu já disse, só quero conversar. Como um pai conversa com um filho normalmente.

Manuel: Então, por que está desfaçado de enfermeiro?

Antônio: Sou dado como morto, não posso correr risco de ser visto.

Manuel: Como pode forjar a própria morte? Pra que isso?

Antônio: Não vem ao caso agora.

Manuel: E o que vem?

Antônio: Eu soube que está tendo contato com os Urquiza ou melhor, namorando a filha deles.

Manuel: Isso não é da sua conta.

Antônio: Olhe como fala comigo! Eu ainda sou o seu pai. (apontando o dedo para ele)

Manuel: Você nunca será o meu pai. Não merece esse título.

Antônio: Não me chame de 'você' é 'senhor'. Eu sou o seu pai, você querendo ou não. Jamais poderá mudar isso.

Manuel: Então, o que você quer papai? (tom de ironia)

Antônio: Se afaste dos Urquiza.

Manuel: (uma risada rápida) Não pode passar 3 anos sumido e simplesmente chegar aqui dizendo o que devo fazer. Sou dono do meu próprio nariz. Eu vou me casar com a Bia e o SENHOR não tem nada haver com isso.

Antônio: Gostei. Decidido. Puxou a mim.

Manuel revira os olhos e tenta regularizar a sua respiração ofegante pelo raiva que ressurgia.

Antônio: Eu imaginei que fosse falar isso. Só não quero que esteja por perto quando eu acabar com os Urquiza. Eu posso te ajudar filho. Posso te tirar dessa cama de hospital agora mesmo, se quiser vim comigo.

Manuel: Não!

Antônio: Então, não me culpe quando acontecer alguma coisa com sua amada Bia.

Manuel: Você... (a sua respiração acelerada dificulta sua fala) não... não é huma...

Antônio: Humano?

Enfermeiro: Manuel, está na hora do seu remé... O que está acontecendo?

Assim que o enfermeiro entra, Antônio volta a colocar a máscara rapidamente.

Surfando no Amor : Parte II (Binuel)Onde histórias criam vida. Descubra agora