Narrador
- Obrigado por ter me recebido na sua casa. E eu sinto muito pela morte do seu primo, irei fazer o meu melhor para pegar o assassino.
Durante o interrogatório, muitas vezes Jungkook se mostrou entre a realidade e sua pesada e triste imaginação. Ele se questionava se desabafava com o detetive, ou se seria uma pessoa chata demais fazendo isso.
- Senhor Yoongi? - Jeon tirou coragem para poder se sentir mais leve.
- Pode falar.
- Meu primo já foi velado? Eu não duvido da capacidade dos meus familiares de terem enterrado meu primo sem sequer terem me avisado.
Yoongi ficava surpreso com a maneira em que seus familiares não se importavam com Jungkook e esqueciam da existência dele.
- Ainda não. Ainda estão preparando as coisas para o velório. - Yoongi gostaria de ir embora agora mesmo, mas algo dizia pra ele ficar apenas um pouco mais. Talvez a maneira em que Jungkook aparentava estar inquieto e querendo dizer algo. - V-você quer... sei lá, desabafar?
- Antes do meu primo se partir, eu estava esperando a visita dele há algumas semanas. Semana passada ele falou comigo, ele parecia tão vívido! E de repente, aparece um oficial na minha casa, pra me informar que ele morreu. Ninguém da minha família teve uma coragem mínima pra me dizer algo! Mas, obrigado senhor, se não fosse por você, eu não saberia que meu primo morreu. Muito obrigado senhor.
- Ninguém morre enquanto permanece vivo no coração de alguém - as palavras do detetive deixam Jeon pensativo. Para finalizar seu interrogatório Yoongi faz uma última pergunta - Você sente raiva de seus familiares? - Yoongi perguntava de maneira tão leve, que fazia Jeon sentirem que já eram amigos há décadas, quebrando o clima formado.
- Aprendi a nunca esperar nada de ninguém. Desde então, eu só tenho surpresas, nunca decepção e nem raiva. - Jungkook profere com um leve sentimento de rancor no coração.
- Bem.. De qualquer maneira esse é o meu número - Yoongi anota seu número em um pedaço de papel e entrega para jeon - qualquer coisa que queria falar pode me chamar, até mesmo se descobrir alguma coisa suspeita sobre sua família.
Jungkook sorri um sorriso juvenil, mostrando seus dentes de coelhinhos à Yoongi.
- Eu vou indo, tenho uma coisa muito importante a fazer. Até mais. - Yoongi se despede e vai ao encontro da delegada.
[...]
𝑲𝒊𝒎 𝑫𝒐𝒚𝒆𝒐𝒏
- Shine? P-posso entrar? - Ela abriu a porta delicadamente, e segurava o choro, apesar que já escorria lágrimas de seus olhos.
Um homem alto saiu do quarto, que parecia ter acabado de acordar, estava um pouco perdido. Assim que ouviu a voz de Doyeon, se preocupou com a sua namorada.
- Doyeon? Você me ligou mais cedo, eu tentei retornar às ligações, mas você não... - Ele interrompeu sua fala, quando a jovem abriu os braços e o abraçou.
A garota o abraçou forte, e afogou todas as suas lágrimas na camisa de seu amado, ele apenas fazia carinho nos seus cabelos.
- Sabe Doyeon, eu poderia falar mil e uma coisas para te consolar, mas eu sei que isso não teria muito valor. Se você quiser, pode falar tudo que está sentindo. Ou até nada, apenas se liberte comigo.
- Me dá a sensação de estar tão incompleta... - A moça chorava nos braços do rapaz, que passava as mãos em seus cabelos. - Eu sou muito grata pela paciência e compreensão que você está tendo comigo.
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Who Was
Mystery / ThrillerAté aonde ser filho de um herói nacional pode ser bom? O detetive Min Yoongi busca honrar o nome de seu falecido pai, se esforçando para se tornar um grande nome na Coreia assim como ele foi. Durante sua trajetória, ele será convocado para soluc...