"Seja uma verdadeira rainha. Seja a rainha que por você qualquer homem morreria. Sinta medo como qualquer pessoa, mas como rainha, não pode deixar isso te controlar."
Mary é rainha desde muito nova. Sua mãe, Marie de Guise, reinava enquanto prepara...
- Pronto para hoje a noite ? - Mary perguntou a Philip ao entrar nos aposentos dele
- Estou tentando. Minha cabeça não para de doer, parece estar acontecendo uma guerra aqui dentro. - era evidente o quanto ele estava se sentindo mal
- Já era de se esperar, não acha ? - Mary estava sendo incrivelmente fria com os sermões que lhe dava - Você pensou o que ? Que poderia ficar tomando inúmeras doses de bebida a noite inteira e acordar inteiro no dia seguinte ? - Mary o olhou de cima a baixo antes de continuar - Se quer mesmo ser o meu marido, aparecer ao meu lado publicamente e dizer ser o pai do meu filho, é melhor que mude seus costumes. Você não está mais na Espanha e sim na Escócia. Lá você era um líder, um rei solteiro, mas aqui você é casado e só está em união comigo por causa da aliança entre os países. Então comporte-se e não me obrigue a tomar decisões que irão arruinar a sua reputação.
Philip ficou sem reação diante da esposa, não sabia nem o que pensar direito. Sua cabeça latejava e piorava com Mary falando em um tom mais alto, algo que não costumava acontecer. Então Mary retomou a palavra fingindo preocupação :
- Se sua bela cabeça estiver te incomodando tanto assim, eu te libero da festa depois de anunciarmos a família francesa. Querendo ou não, você precisa estar ao meu lado enquanto faço o anúncio aos demais. Assim está bom para você, querido ? - mesmo que o tom de Mary demonstrasse sarcasmo, Philip apenas concordou e ela saiu para os aposentos dela, e sim, eles dormiam em quartos separados.
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Já era noite e, como já era esperado, Philip passou nos aposentos de Mary para levá-la ao grande salão onde estava a festa. E ao chegar lá, todos estavam esperando por eles.
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- Fico feliz que você não tenha simplesmente pensado em uma maneira de explicar minha ausência na festa, preocupada que eu pudesse arruinar tudo. - Philip falava no tom mais baixo possível naquele momento, e Mary não pôde deixar de se assustar com a atitude dele assim de repente - Sei que não tenho sido um bom marido, acabei deixando o peso de tudo em suas costas e ainda causei mais preocupação para você, e ainda assim você me deu essa chance. Obrigado.
Mary não sabia bem o que dizer, desde o primeiro dia, Philip se mostrou rude e ignorante, mas agora parecia baixar a guarda.
- Eu não poderia fazer isso com você, não seria bom nem para mim, nem para você. Fico satisfeita com você ter tido consciência do que fez e mais ainda por sentir gratidão com a minha misericórdia para com você. E espero que você não cometa mais os mesmos erros. Agora apenas sorria.
E então eles seguiram para seus devidos tronos, e ao sentarem-se, um servo real que os havia anunciado, agora dava a palavra para Mary que se pôs de pé para dizer seu discurso.
- Agradeço a presença de todos esta noite, a todos os nobres que representam tão bem nosso querido país, e que colaboram para o funcionamento do mesmo. - alguns segundos de palmas, silêncio - Devo dizer que a ajuda de cada um de vocês é de grande importância, mas hoje gostaria de destacar outras pessoas importantes para a Escócia. Um país pode crescer sozinho, mas quando há alianças, amigos, podemos ser mais fortes. Unidos somos mais fortes.