Mary ainda estava abalada por sua perda, mas a raiva corria em seu sangue. Sentada em seu trono enquanto acaricia o próprio ventre, ela fazia o possível para se acalmar, não via a hora de fazer justiça.Por mais que ela dissesse que estava bem, James nunca saía de seu lado, estava preocupado demais para deixá-la sozinha.
- James, alguma notícia ? Qualquer novidade, tem certeza de que estão procurando por todo o reino ?
- Mary, se acalme, posso lhe assegurar que logo o encontraremos.
A conversa entre irmãos foi interrompida quando um servo entrou às pressas na sala do trono, parando apenas quando estava diante da rainha. Após uma reverência breve, ele começou :
- Majestade, perdoe-me pela interrupção, mas tenho notícias.
- Fale.
- A carruagem da família real francesa foi atacada e eles foram levados.
- Eles o quê ?! - o sangue de esvaziou do rosto de Mary
"Oh meu Deus, Francis" ela pensou, mas logo se repreendeu, não era só com ele que ela devia se preocupar.
- Quem fez isso e onde eles estão ? - ela perguntou de imediato
- Segundo o que disseram, foram mercenários, majestade, e eles querem algo em troca da liberdade deles.
Mercenários, é claro, foi como James disse, ele estavam apenas começando a atacar.
- E o que eles querem ? - dessa vez, foi James quem perguntou
- Não disseram, o líder deles quer vir pessoalmente falar com vossa majestade.
- Como se não fosse óbvio, ele quer ver o estrago que fez em mim, mas só o que vai conseguir vai ser a forca. - disse Mary - Tragam-no para mim.
- Sim, majestade.
~
Ao entardecer, o líder dos mercenários acompanhado de mais dois homens, chegou ao castelo e encontrou a rainha o esperando em seu trono.
- Isso sim é uma bela recepção, majestade. Aposto que adorou meu presente.
- Diga logo onde eles estão.
- Ora, seria falta de educação minha eu não me apresentar antes, não concorda ? Sou Louis Condé, é um prazer poder finalmente conhecê-la de verdade, minha rainha. - seu tom era insolente e debochado
- Pouco me importa quem é você, diga logo onde eles estão.
- Ou o que ? Sei que irá me prender logo em seguida, com eles dependentes de mim, eu ainda terei uma escapatória. Mas foi divertido todo esse espetáculo, você tão preocupada com o que poderia acontecer com eles.
- Você queria algo em troca, diga o que é e eu farei o que puder.
- O que puder ? Não. O que eu quero é bem simples : o trono.
Mary riu como quem não acreditava no que acabara de ouvir.
- Só pode estar brincando. Acha mesmo que eu darei o meu trono por isso ?
- Se não der, uma guerra terá início entre a França e a Escócia, e então, os outros governantes que hoje te apoiam, logo não apoiarão mais. Quem vai querer uma aliança com uma traidora ? Você vai cair e eu vou assumir, você querendo ou não.
- JÁ CHEGA - Mary se levantou bruscamente - é muito audácia sua me ameaçar assim. Você terá o que merece.
- Guardas, prendam os três ! - ela olhou profundamente nos olhos de Condé - você vai falar tudo o que eu quero saber, e você decide se vai de bom grado ou a força.
- Eu não tenho medo de você, faça o que quiser.
- Pode acreditar que eu farei. Já tenho planos para você, uma pena que você não gostar do meu presente para você.
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Que Seja Longo o Seu Reinado
Romantizm"Seja uma verdadeira rainha. Seja a rainha que por você qualquer homem morreria. Sinta medo como qualquer pessoa, mas como rainha, não pode deixar isso te controlar." Mary é rainha desde muito nova. Sua mãe, Marie de Guise, reinava enquanto prepara...